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O Atlético completou 50 dias (ou seis jogos) sem conseguir uma vitória sequer. A crise que ronda o Furacão foi desencadeada pela turbulenta passagem do técnico alemão Lothar Matthäus por Curitiba. O retrospecto do time sob o comando dele era bom, mas seu sumiço repentino, contusões no elenco e problemas internos promoveram uma queda muito grande no rendimento da equipe.

A última vitória do Rubro-Negro foi no dia 5 de março sobre o Cianorte, fora de casa por 5 a 1, válido pelo returno do Campeonato Paranaense 2006. Na Arena da Baixada o retrospecto é ainda pior, já que o Atlético venceu pela última vez o Rio Branco (por 3 a 2), no dia 8 de fevereiro.

O início ruim no Brasileirão 2006 remete ao torcedor o início da campanha do Furacão no Nacional de 2005. No ano passado o Atlético amargou o péssimo retrospecto de não conseguir vencer em 10 rodadas seguidas. Antes de marcar o 1.º ponto, o Atlético foi derrotado por Ponte Preta, Juventude, Santos, Corinthians, Internacional e Botafogo.

Em seguida empatou com Figueirense, Flamengo e Fortaleza e foi novamente derrotado pelo Brasiliense. A primeira vitória, e determinante para o crescimento do time na seqüência do nacional, foi sobre o Coritiba, na Arena da Baixada, por 1 a 0, em jogo válido pela 11.ª rodada (no dia 10 de julho). No jogo, o time atuou com a maioria dos jogadores da equipe de juniores.

A diferença principal, entre o ano passado e o de 2006, é que naquele ano o Furacão disputava a Copa Libertadores de América e poupava jogadores em algumas partidas. As atenções foram voltadas, e com justiça, ao torneio Sul-Americano – tanto é que o Atlético foi o vice-campeão. Só que em 2006, o Atlético só tem o Brasileirão para disputar, o que torna a crise real.

Uma série de normas impostas pela diretoria para cercear (ou organizar, como diz a diretoria) o trabalho da imprensa, e por conseqüência diminuir o contato da torcida com seus ídolos, é apontada como uma das responsáveis pelo baixo-astral do time. Alguns jogadores reclamam que o clima está tenso no clube e em campo falta alegria de jogar, além, é claro, da falta de reforços.

Com alguns jogadores no Departamento Médico, como o ídolo Dagoberto, o técnico Givanildo de Oliveira já deu várias entrevistas solicitando reforços. Até agora, a diretoria não se pronunciou ou confirmou as especulações que surgem todos os dias.

O Brasileirão ainda está no início, mas a torcida está temerosa em relação ao futuro atleticano em 2006.

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