Jihad fica a uma bateria da elite

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Florianópolis – O Paraná segue bem representado na etapa catarinense do World Qualifying Series (WQS), disputado na Praia Mole, em Florianópolis, valendo vaga para a elite do surfe mundial. Jihad Khodr venceu sua bateria na tarde de ontem e já está entre os 24 melhores da competição. O resultado coloca provisoriamente o paranaense entre os 16 melhores do ranking, que sobem ao World Championship Series (WCT) de 2006.

Assim como havia ocorrido na estréia (quinta-feira), o paranaense derrubou mais um concorrente direto ao acesso – desta vez, o carioca Yuri Sodré –, ficando a cada rodada mais próximo do sonho de chegar entre os 44 melhores do planeta.

Outros postulantes à primeira divisão também foram eliminados em outras baterias, casos do gaúcho Rodrigo Dornelles e do norte-americano Gabe Kling, que estavam logo à frente de Jihad no ranking, deixando sua missão menos complicada.

Agora, o paranaense precisa passar pelo menos mais uma fase em Florianópolis para levar à etapa do Havaí uma boa pontuação que permita descartar os resultados da Tríplice Coroa (série de três etapas no estado norte-americano que encerram a temporada).

"A cada bateria é uma grande felicidade ver um sonho de criança próximo de ser realizado. A partir desta fase, com três homens na água, será mais fácil encontrar a onda ideal", disse, comemorando a redução de um surfista na quarta rodada.

Jihad Khodr poderá ser o segundo paranaense a entrar no WCT. O primeiro é Peterson Rosa, que está há mais de uma década na elite. Porém ele não teve a mesma sorte do que a revelação no WQS de Floripa. Foi eliminado na primeira bateria que disputou ontem pela manhã e compete a partir de segunda-feira na perna brasileira da elite do surfe mundial, na Praia da Joaquina, também em Florianópolis.

Ainda ontem foi registrada a maior nota do torneio até agora. O australiano Tom Whitaker entrou em um tubo, bateu a prancha sobre a onda de um lado para outro, "decolou" e aterrissou com perfeição na água. As manobras renderam nota 9,5 e muitos aplausos do público, mesmo debaixo de muita chuva.

O líder do WQS 2005, Adriano de Souza, o Mineirinho, mostrou porque é apontado como a grande revelação do surfe brasileiro. Com tranqüilidade ele fez duas notas acima de sete e se garantiu na fase de amanhã. Já o norte-americano Tom Curren não teve a mesma sorte. Aos 39 anos, o tricampeão do mundo está na Ilha como convidado e acabou eliminado. Também a convite da organização ele corre o WCT na Joaquina.

O jornalista viaja a convite da Associação dos Surfistas Profissionais.