Equipes - Veteranos do LEC desafiam time de garotos
A Copa Paraná será decidida por duas equipes com fórmulas diferentes na montagem de seus elencos. De um lado, o anfitrião J. Malucelli aposta forte em jogadores mais novos, formados nas categorias de base do clube ou não-aproveitados pelos três grandes da capital. "Nossa média de idade é de 22 anos. A maioria nós revelamos aqui mesmo", assegura o técnico Lio Evaristo.
Na outra porção do campo estará o Londrina, que tira sua força da experiência da maior parte do grupo. A uma pequena base deixada do Estadual, foram sendo acrescentados atletas mais "rodados", que deram estabilidade ao time, como o zagueiro Capone (35), o meia Nem (33) e o atacante Zé Ilton (31), que, suspenso, não joga hoje. "O Zé Ilton é um homem mais de área, que saberá reter a bola no ataque e muito útil nos contra-ataques", lamentou o técnico Abel Ribeiro. (SG)
J. Malucelli e Londrina decidem neste domingo, às 16h no Estádio Janguitto Malucelli, em Curitiba, quem é o melhor time da Copa Paraná. O empate (2 a 2) na primeira partida, disputada no VGD repleto de torcedores, manteve o suspense em alta. Quem vencer será campeão. Em caso de empate, prorrogação e, se necessário, disputa por pênaltis.
Além do título, os clubes buscam um bônus a médio prazo. Levantar a taça garante calendário cheio em 2008 e a chance de, no ano seguinte, na Copa do Brasil, recomeçar a trilhar um caminho no cenário nacional. Trajetória que as duas equipes viram interrompidas nos últimos anos.
A saudade dos bons tempos é grande no Tubarão. Principal clube do interior do estado por décadas, o LEC não comparece à Copa do Brasil desde 1993. Naquele ano, tirou o Internacional da parada, mas acabou eliminado nas quartas-de-final pelo Flamengo. A coisa, então, só piorou. Rebaixado da Série B 11 anos depois, o time disputou a Terceirona em 2005, sem sucesso. Em baixa no Paranaense, não conseguiu mais se classificar para a Série C.
O objetivo no Alviceleste é justamente mudar esse panorama nada animador. O primeiro passo é festejar na casa do rival. "Esse é o nosso foco, ter um bom calendário para o ano que vem. Se conseguirmos a Série C, podemos manter um time forte para o Paranaense também", afirma o técnico Abel Ribeiro. "Jogar a Série C seria muito interessante principalmente pelo fato de termos calendário assegurado para o ano todo", concorda o técnico do Jotinha, Lio Evaristo. "A Copa do Brasil seria motivo de orgulho, principalmente agora que o time mudou de nome. Traz mídia, propaganda para todo mundo, inclusive para mim".
No ano passado, o Jotinha teve boa presença na Série C, chegando à terceira e penúltima fase. Como Malutrom, porém, é que vem a lembrança da ascensão nacional interrompida. O Malita venceu o Módulo Verde e Branco da Copa João Havelange (2000) e enfrentou o Cruzeiro na fase final do Nacional. Perdeu, mas virou xodó da mídia. No ano seguinte, encarou a Segundona no sacrifício. Precisou passar pela Tuna Luso em um mata-mata para não cair. A luta em campo não surtiu efeito. Por razões econômicas, o clube abriu mão da competição em 2002.
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