Maior nome do judô brasileiro na atualidade, o gaúcho João Derly, que este ano se tornou o primeiro judoca do país a se tornar campeão mundial, é o nome a ser batido no III Grand Prix Nacional de Judô, que começa neste sábado, no Clube de Regatas do Flamengo, no Rio de Janeiro. O judoca do clube Sogipa, do Rio Grande do Sul, esteve presente no lançamento da competição, nesta terça-feira, no Rio, e acabou revelando, meio sem querer, durante a coletiva, que poderá ter um inesperado e forte adversário na maior competição do judô nacional: o cubano Yordanis Arencibia, medalhista de bronze nos Jogos de Atenas, em 2004, e nos Mundiais de 2003 e 2005.
Ainda não confirmado, Yordanis é um dos reforços cogitados do São Caetano para o Grand Prix 2005, que, pela primeira vez, abre espaço para os clubes contratarem judocas estrangeiros. Caso o cubano venha, João Derly será o brasileiro com mais adversários estrangeiros na competição, já que o venezuelano Ludwig Ortiz, um dos principais nomes das Américas, defenderá o Minas Tênis justamente no meio-leve (até 66kg), categoria do primeiro brasileiro campeão mundial.
- O pessoal está querendo carimbar a medalha - disse Derly, em relação ao ouro que conquistou no Mundial do Cairo, quando, inclusive, derrotou o cubano Yordanis Arencibia, nas quartas-de-final, com um wazari de vantagem. - Vai ser bom ter esses estrangeiros lutando conosco aqui no Brasil e me sinto honrado de causar preocupação nos outros judocas e atrair os estrangeiros para tentar me bater - completou o judoca gaúcho.
Caso o cubano seja confirmado pelo São Caetano, Derly terá pela frente os dois adversários que ele aponta como principais nas Américas. Arencibia e Ortiz podem, inclusive, ter um novo encontro marcado com o brasileiro nos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro. O brasileiro, no entanto, diz que precisa continuar treinando muito, pois não está garantido no Pan e, muito menos, no Mundial do mesmo ano, que será também na Cidade Maravilhosa, pouco mais de um mês depois.
- Preciso continuar treinando para me classificar para as duas competições. Caso eu fique com a vaga na seletiva brasileira, o cubano e o venezuelano, certamente, estarão entre os meus principais adversários - disse João Derly.
A possibilidade de disputar duas competições importantes no Brasil, em 2007, anima o campeão mundial:
- Se eu estiver no Mundial, vai ser muito gostoso lutar aqui no Brasil. E vai ser muito legal entrar todas as vezes no tatame e ouvir a torcida gritando. Eu cresço quando tenho uma torcida grande a meu favor. Por isso gosto muito de lutar no ginásio da Sogipa (no Rio Grande do Sul), que nós chamamos de La Bambonera - brincou Derly, referindo-se ao "alçapão" do Boca Juniors, time de futebol argentino.
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