Suspeitas de corrupção obrigaram um dos cartolas mais poderosos do mundo, o brasileiro João Havelange, a pedir sua renúncia como membro do Comitê Olímpico Internacional (COI). Sob a ameaça de ser condenado e expulso da entidade, ele optou por enviar uma carta anunciando que estava se retirando de suas funções por "problemas de saúde" está com 95 anos.
Ao renunciar, Havelange consegue evitar o pior: ficar manchado com a constatação pública de corrupção nos anos em que ele comandou a Fifa com braço de ferro. Pelas regras do Comitê Olímpico Internacional, a saída do dirigente brasileiro encerra o caso e a investigação é obrigada a ser abandonada.
O COI passou a investigar Havelange por causa das alegações de corrupção, sendo que as conclusões deveriam ser divulgadas nesta semana. O que pesa sobre ele é o caso envolvendo a ISL, empresa que vendia os direitos de tevê em nome da Fifa. Um tribunal suíço teria concluído, segundo a rede britânica BBC, que o dirigente brasileiro teria recebido suborno.
Havelange era o mais antigo membro do COI. Depois de ser nadador olímpico nos Jogos de 1936, o brasileiro passou a fazer parte da entidade em 1963. Ele foi eleito presidente da Fifa em 1974, posto que ocupou até 1998 - ainda é o presidente de honra. Mais recentemente, teve papel importante na eleição do Rio como sede da Olimpíada de 2016.
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