Joelho esquerdo pára Dagoberto mais uma vez

Dagoberto foi novamente traído pelo joelho esquerdo. Após a traumática cirurgia de reconstrução dos ligamentos (em 22/11/04), agora o jogador do Atlético deve sofrer nova intervenção médica em decorrência de uma lesão no menisco.

Durante o segundo tempo da partida contra a Adap, no sábado, o atacante levou uma pancada, sentiu o desconforto, tentou seguir no jogo, mas, por insistência dos seus companheiros, foi imediatamente substituído. Na primeira avaliação, concluiu-se que ele realmente precisaria se sujeitar a uma artroscopia para recuperar a cartilagem.

Na próxima segunda-feira, o atleta irá se consultar com o ortopedista René Abdala, do Hospital do Coração e também do São Paulo. O especialista dará a palavra final sobre a necessidade de cirurgia. O lateral-esquerdo Michel Bastos, com o mesmo problema, também será reavaliado na capital paulista.

Caso Dagoberto necessite passar novamente pelo centro cirúrgico, o Furacão vai amargar mais um mês de ausência da estrela – prazo de recuperação estipulado para esses casos.

"É bom destacar que a contusão no joelho não tem nada a ver com aquela anterior, absolutamente nada. Ele não tem lesão de ligamento. Houve um traumatismo no menisco, algo simples – ao contrário do que ocorreu no passado. Só o joelho é o mesmo", tenta tranqüilizar o doutor Paulo Roberto Brofman, chefe do departamento médico do Atlético.

"Mesmo com os exames complementares que fizemos, nós queremos ouvir uma segunda opinião antes de tomar qualquer medida. Existindo a necessidade da artroscopia, então iremos discutir a situação com ambos os atletas. Tanto o Dagoberto quanto o Michel ficarão a par de toda a situação", explica.

O ortopedista Abdala, encarregado da decisão, foi quem tratou o joelho do meia Fabrício no ano passado, assim como do atacante Grafite, ex-São Paulo. Em janeiro, ele conduziu a artroscopia de menisco do goleiro são-paulino Rogério Ceni.

Dagoberto – perguntado pela reportagem da Gazeta do Povo sobre esse novo "senão" na carreira – preferiu ser evasivo. "É uma situação que prefiro esperar. Não tenho muito o que falar...", lamentou, com a voz ligeiramente embargada.

O atacante também evitou oficializar o drama. "Não fui comunicado pelo Atlético de como será o tratamento. Essa situação ficará entre o clube e o pessoal da Massa (seus procuradores)", finalizou. Conforme a reportagem apurou, o jogador já sabia a gravidade do problema.