Uma prática comum entre os brasileiros que está virando moda é ir para a Europa, disputar uma ou duas temporadas, encher o bolso de dinheiro e retornar. Se as idas para o mercado internacional crescem, a volta também segue o mesmo raciocínio. Em três anos, o número de repatriações dobrou. Passou de 311 retornos em 2006 para impressionantes 659 em 2008.
Certa vez, o atacante corintiano Viola chegou a dizer que não se adaptou na Espanha por causa da comida. Justamente num país com culinária apreciada por todos. Nesta reta final do ano, todos os dias, no desembarque internacional dos aeroportos do País, uma grande remessa de jogadores chega para as férias. Muitos deles, pedindo para não retornar.
Um dos que faz coro para voltar ao País é o também atacante Fred Mas sua justificativa para deixar o Lyon, da França, onde está há três temporadas, é a saudade da família, principalmente da filha, Geovanna, de dois anos. "Preciso de pelo menos um ano para matar a saudade", disse. Cruzeiro, Santos e Palmeiras abriram as portas para o craque que, porém, deve cumprir seu contrato até junho.
A maior das estrelas brasileiras em gramados europeus a voltar para o Brasil, contudo, é o centroavante Ronaldo, agora no Corinthians. O Fenômeno jogou por 15 anos na Europa, brilhou, ganhou muito dinheiro, fama, duas Copas do Mundo, e agora abrilhantará o futebol nacional com seus gols.
Denilson e Roque Júnior (estavam no Palmeiras), Cafu, negociando com o Barueri, e Kleberson, no Flamengo, são outros pentacampeões que retornaram para casa. E a procura por um acordo de volta é grande. Vágner Love está no Rio, participando de jogos festivos e louco por uma proposta de emprego, como fez alias no fim de todos os últimos anos, sem sucesso; Brandão negocia com o Corinthians; o São Paulo tenta tirar Danilo do futebol japonês; e Zé Roberto já adiantou sua vontade de se aposentar no Brasil.
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