Jogadores cruzam os braços e fazem protesto de advertência

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Um jogo treino entre Londrina e Assisense, de Assis (SP), programado para acontecer nesta quinta-feira (19) no estádio Vitorino Gonçalves Dias, foi cancelado. O motivo foi uma greve de advertência organizada pelos jogadores do Tubarão, com a anuência do técnico Gilberto Pereira, que resolveram protestar contra o atraso de salários que atinge parte do elenco londrinense.

Os salários, normalmente pagos até o dia 10 de cada mês não foram depositados nos últimos dois meses, ou seja, os vencimentos referentes aos meses de abril e maio não foram pagos ainda. A diretoria do clube reconheceu a legitimidade do protesto e prometeu pagar os salários nos próximos dois dias. "Amanhã (sexta) e sábado colocaremos tudo em dia", garantiu o presidente do Londrina, Peter Silva, em entrevista à Gazeta do Povo.

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O diretor de futebol Udelton Prates explicou que o atraso atinge apenas alguns dos atletas, especialmente os que estão no clube há mais tempo. Isso porque vários profissionais que compõem o grupo atualmente foram trazidos por intermédio de parcerias (com o Iraty e o Nacional) e, nestes casos, os salários são bancados, pelo menos em parte, pelos clubes de origem.

Para o diretor, as dificuldades financeiras têm atingido clubes do mundo todo. "Estive falando com um pessoal da Espanha hoje e lá, do Atlético de Madrid para baixo, está todo mundo com o salário atrasado alguns dias. Realmente esta difícil, mas as dificuldades atingem todo mundo. O problema vai acabar aqui no Londrina quando a Série D começar (no começo de julho)", afirmou.

A expectativa da diretoria é ter retorno financeiro na venda de ingressos e na chegada de novos patrocinadores. "Quando a bola rola, as coisas melhoram", completou Prates. "Os atletas estão fazendo um trabalho excepcional até aqui e o grupo é muito qualificado. Tenho certeza que amanhã ou depois resolvemos todos esses problemas".

Derrota no STJD

Rebaixado para a Divisão de Acesso do Campeonato Paranaense deste ano, o Londrina viu uma das suas últimas chances de permanecer na elite do futebol estadual ser frustrada. O pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva repetiu a atitude do TJD do Paraná e não julgou o processo em que o Tubarão acusa jogadores de times adversários de atuarem de forma irregular no Paranaense.

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Por unanimidade os auditores decidiram que ainda existiam instâncias competentes no TJD para julgar o caso e frustrou a expectativa londrinense. "Foi um pouco frustrante sim. Estamos vendo as possibilidades jurídicas que temos para levar nosso pleito adiante. Ainda não desistimos dessa ação, pois nossa causa é justa", explicou.

Peter considerou estranha a atitude do STJD em não querer nem tomar conhecimento do processo. "O que nos estranha é que ninguém quis julgar o mérito, nem no TJD nem aqui, no STJD. É o mesmo que me acusarem de roubo e não me deixarem provar que não fui eu. É frustrante mesmo, mas acredito na justiça".