Weggis, Suíça Ao contrário do que diz Carlos Alberto Parreira, a seleção brasileira parece despreocupada com a onda de frio e chuva prevista para o início da Copa. Se o técnico vê nisso um problema, alguns jogadores dão de ombros para o clima.
No domingo, o treinador anunciou que a chegada a Frankfurt (dia 5/6) será com 1 º C. E considerou isso um trunfo para os europeus, acostumados com baixas temperaturas, na luta pela Taça Fifa. Errou feio. A previsão é de sol, com mínima 11 ° C e máxima de 19 ° C.
Ontem, bem distante da opinião dada pelo comandante, dois jogadores com larga rodagem pelo futebol do Velho Mundo descartaram a hipótese de o termômetro influir no desempenho do Brasil. Cafu, por exemplo, chegou a ver isso como positivo.
"É bem melhor que jogar com 40 graus. A temperatura assim ajuda, pois o desgaste será menor durante a partida. Porém, corre um risco maior de contusão", explicou o capitão, quase uma década de Itália, onde defende o Milan e tem dupla-cidadania.
Zé Roberto, nove temporadas fora do país, oito delas justamente na Alemanha, seguiu a mesma linha. O meia fez apenas a ressalva dos gramados encharcados algo que poderia trazer algum problema para os times mais técnicos.
"A chuva dificulta um pouco para nós, pois gostamos do dois toques, envolvendo os adversários. O campo mais pesado pode prejudicar. Agora, a maioria da seleção está jogando no continente. O grupo se acostumou com essas situações. Isso não vai prejudicar o nosso futebol na Copa", explicou.
Dos 23 convocados por Parreira, apenas o goleiro Rogério Ceni (São Paulo) e o meia Ricardinho (Corinthians) não estariam habituados com a situação climática. Os outros 21 nomes da lista atuam no continente que será realizado o evento inclusive com jogos sob rigoroso inverno e temperatura negativa.
Às vésperas do verão no Hemisfério Norte, Weggis registrou ontem a temperatura mais baixa desde o desembarque da equipe pentacampeã na Suíça (10 ° C durante a atividade com bola no Estádio Thermoplan), além da incessante garoa. (RF)