Depois de escaparem do ataque sofrido nesta sexta-feira, na fronteira da Angola, os jogadores da seleção de Togo propuseram boicotar a Copa Africana de Nações, que terá início neste domingo. Um ônibus da delegação togolesa foi metralhada, causando uma morte e deixando pelo menos seis feridos.
"Se podemos boicotar a competição, vamos fazer isso", declarou o meio-campista Alaixys Romao ao canal francês Infosport. "Não é justo receber tiros só por causa de uma partida de futebol. Tudo o que posso pensar é parar com a competição e ir embora".
O atacante Thomas Dossevi também rejeitou participar do torneio. "Nós não queremos jogar essa Copa Africana de Nações. Estamos pensando nos nossos colegas. É revoltante ser baleado quando você está chegando para um jogo de futebol", comentou, com indignação.
Essa também é a opinião do técnico da seleção de Gana, Claude Leroy. "Você tem que pensar a respeito. Futebol é apenas um jogo", declarou o ex-jogador de Camarões. "Isso é realmente sério e significa que a segurança não pode ser garantida. Esses lugares são muito perigosos. A CAF [Confederação Africana de Futebol] terá que tomar uma decisão sobre esse ataque maluco", completou.
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