Neymar e Zico

Hoje um combinado de joga­­do­­res baianos entra em cam­­po para enfrentar o time dos "amigos do Neymar", às 16 h, em Salvador. Destaque para as es­­trelas Marta, Ela­­no, D’Alessandro e Deco. Além da renda, que será to­­tal­­mente revertida para o ins­­tituto fundado por Deco, cada gol marcado significará dez cestas básicas doadas. De acordo com a imprensa baiana, o cachê de Neymar seria de R$ 200 mil. No dia 28 é a vez do ex-jogador Zico levar o seu "Jogo das Estrelas" pela primeira vez para São Paulo. A partida, que contará com nomes como Ronaldo e Ganso, ocorrerá no Morumbi. A renda será doada a instituições carentes da cidade.

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A temporada no futebol brasileiro acabou, mas quem disse que os boleiros deixam a bola quieta. Os jogadores aproveitam o curto período de férias para emendar uma pelada (ou jo­­go beneficente) atrás da outra. Sem nenhuma restrição por parte dos clubes. Partidas que, com a presença de artistas e quase famosos, normalmente ganham os holofotes – vide o amistoso de hoje entre Amigos do Neymar x Combinado Baiano.

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O lateral-direito Rafinha, ex-Coritiba e hoje no Bayern de Munique, da Alemanha, é adepto incondicional dessas peladas de dezembro. Ele organizou nos últimos três anos jogos que, somados, arrecadaram cerca de 50 toneladas de alimentos para instituições carentes de Londrina.

Ele, porém, faz uma ressalva: só aceita interromper as férias quando o amistoso tem caráter social. "O meu objetivo é ajudar e rever os amigos", diz. "Participar é importante. Vale fazer uma forcinha", emenda.

O ex-atleticano Jadson não fica muito atrás de Rafinha. O meia, atualmente no Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, voltou à Arena no último fim de semana para participar do jogo em homenagem aos rubro-negros campeões brasileiros de 2001. A renda foi revertida ao Hos­­pital Pequeno Príncipe, de Curitiba, referência no atendimento infantil.

"A nossa presença é importante para divulgar os jogos e ajudar quem precisa", conta o atleta, um fominha convicto. "Eu amo jogar futebol. Mesmo nas férias procuro jogar. As partidas são mais na amizade, tranquilas, não tem risco nenhum", acrescenta.

Há, porém, a turma do contra. O zagueiro Emerson, destaque do Coxa em 2011, por exemplo, foge das peladas como o diabo da cruz. Estratégia para evitar contusões. "É mi­­nha profissão. Essas partidas têm alguns riscos. Procuro ficar quieto em casa."

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Riscos que o meia Bruninho, do Paraná, conhece bem. Em um jogo despretensioso na praia, durante férias de 2010, ele rompeu os ligamentos do joelho esquerdo. Resultado: seis meses longe dos gramados. "Hoje em dia fico com o pé atrás. Nunca tinha parado para pensar. Depois que acontece, a cabeça muda", admite. "Os jogos beneficentes, com pessoas famosas, são bem sossegados. É só brincadeira. Não existe jogada forte. Se machucar, era para machucar mesmo", desconversa Dinélson, também do Tricolor, que recentemente participou de um evento em São Paulo ao lado de jornalistas.