Jogo com gosto de vingança

Quatro personagens do Coritiba na partida de hoje já estiveram do lado rubro-negro: os meias Marquinhos e Caio, o atacante Negreiros e o técnico Cuca. Nenhum deles conseguiu uma passagem marcante pelo time mais popular do Brasil.

Marquinhos e Negreiros pouco jogaram com a camisa rubro-negra. O primeiro esteve na Gávea em 2002 e não conseguiu repetir o bom futebol que o revelou para o país um ano antes, na primeira vez que vestiu a camisa do Paraná. Já o segundo deixou o Rio Branco, de Paranaguá, para ser titular do Fla em alguns jogos no início do Brasileiro do ano passado. o atacante fez três gols, mas aos poucos foi perdendo espaço.

As passagens de Caio e Cuca pelo Rio de Janeiro são mais recentes. O treinador comandou o Rubro-Negro carioca até abril. Foi demitido após a derrota por 2 a 0 para o Ceará, no primeiro jogo das oitavas-de-final da Copa do Brasil.

"Gostei muito da minha passagem por lá. Fiquei cerca de cem dias, mas infelizmente o trabalho foi interrompido por causa de um problema com um dirigente (Anderson Barros, gerente de futebol). Quando saí, o time já tinha crescido bastante e ainda tinha muito para melhorar", lembrou Cuca, que não pensa em dar algum tipo de resposta com uma vitória na partida de hoje. "Não tem essa de sabor de vingança. A única coisa em que estou pensando é na necessidade do Coritiba vencer para subir na tabela."

Foi o técnico quem indicou a contratação de Caio ao Flamengo. O jogador não conseguiu emplacar com Cuca e muito menos depois que Celso Roth assumiu o comando. "O problema é que eu vinha há dois meses parado e não estava bem fisicamente. Lá as críticas da imprensa eram muito fortes. Aqui é diferente, as pessoas me tratam bem melhor", afirmou.

Ele admitiu que vai ser uma partida especial. Mas prefere esperar o apito final para desabafar. "Em todos os jogos eu entro com vontade. Mas esse... melhor esperar para falar depois", segurou a língua Caio, tentando evitar polêmica.