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Tática do “pega, pega”: com o técnico Antônio Lopes no comando o Atlético passou a marcar mais forte e a cometer mais faltas | Fotos: Ivonaldo Alexandre e Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Tática do “pega, pega”: com o técnico Antônio Lopes no comando o Atlético passou a marcar mais forte e a cometer mais faltas| Foto: Fotos: Ivonaldo Alexandre e Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Personagem

"Não torcerei por ninguém", avisa Gabiru

Gustavo Ribeiro, especial para a Gazeta do Povo

Um personagem bastante conhecido das torcidas de Atlético e Inter estará de olho na partida de hoje. Ídolo no Furacão e herói no Colorado, Adriano Gabiru tem um carinho especial pelos dois times e justamente por isso garante que não vai tomar lado no embate. "Gosto dos dois, não vou torcer para nem um nem para outro", revela. A justificativa para a neutralidade é a forte ligação que tem com os clubes. "O tempo que estive nos dois foi maravilhoso", lembra.

Pelo Rubro-Negro, o principal momento foi o título nacional em 2001. Já pelo Colorado, o ápice foi o Mundial de Clubes em 2006, quando marcou o gol do título contra o Barcelona. Tornou-se ícone, apesar de ter sido bastante contestado no Beira-Rio. Com 34 anos, Gabiru segue sem clube. Desde o encerramento do Paranaense, quando defendeu o Corinthians-PR, não sabe o que é jogar profissionalmente. Apesar da idade, não pensa em parar. Está em busca de time para 2012. "Estamos tentando."

O Atlético enfrenta o Interna­­cional hoje, às 16 horas, na Arena, com uma ordem expressa do técnico Antônio Lopes: marcar até cobrança de lateral. Resultado de um time que luta para evitar o rebaixamento e, mesmo assim, é o segundo no quesito menos faltas no Brasileiro. Por isso a "pegada" virou prioridade para o Delegado.

Segundo o Footstats, que faz um espécie de banco de dados do Nacional, o Furacão cometeu, em média, 16,4 faltas por partida. Só o Flamengo, com 16 infrações a cada 90 minutos, é mais disciplinado.

Os números, porém, mudam se for considerado apenas a gestão Lopes (seis jogos). A média sobe para 19 faltas por confronto. Re­­sultado dos incessantes gritos por marcação do treinador à beira do gramado. "É a minha filosofia de trabalho. O time tem de marcar em cima, não dar espaço nenhum, nem no campo de ataque e nem na defesa. Com a bola em movimento, parada, arremesso de lateral, falta, tiro de meta deles, escanteio... Tem de ser marcação por pressão", ressalta o comandante rubro-negro.

A ideia de Lopes é simples. Se o time marcar no ataque pode recuperar a bola mais perto do gol ad­­versário. Além disso, há o reflexo imediato nas arquibancadas. "Para executar essa marcação teremos de ter um espírito grande de competitividade. E é justamente isso que a torcida adora. Vai fazer com que fique do nosso lado", justifica o experiente treinador, consciente da necessidade de voltar a vencer na Arena, o que não ocorre há seis jogos, cinco pelo Brasileiro e um pela Sul-Americana.

Para conseguir encurralar o Colorado, o time terá necessariamente que estar bem condicionado fisicamente, uma missão para o preparador Riva Carli, que voltou ao clube há quase um mês.

"Às vezes o jogador quer atender uma exigência tática, mas não consegue porque não tem força, não está com o condicionamento físico bom. Mas agora eles estão entrando [em forma], já deu uma alavancada grande", diz Lopes.

Com as orelhas "quentes" de tanto escutar as recomendações do treinador, os jogadores afirmam ter aprendido a lição. "A marcação tem de ser forte, pesada, mas consciente e inteligente para não sermos surpreendidos com cartão amarelo", explica o zagueiro Fabrício. "Agora, com falta ou sem falta, de qualquer jeito precisamos vencer", emenda o lateral-direito Edilson.

Tudo para tirar o time da situação complicada em que se encontra no campeonato. O Atlético está com 24 pontos, cinco a menos que o Cruzeiro, o primeiro fora da ZR.

Ao vivoAtlético x Internacional, às 16 horas, no tempo real da Gazeta do Povo.

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