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 | Hugo Harada/ Gazeta do Povo
| Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo

Chuva atrasa trabalhos na ‘tampa’

O Atlético pretendia içar hoje a primeira viga do teto retrátil da Arena da Baixada (foto). Entretanto, a chuva que caiu ontem frustrou os planos do Rubro-Negro. E como o tempo deve seguir instável, o clube terá de esperar até que o cenário esteja totalmente seco novamente. Até então, o Furacão se concentrou na montagem dos trilhos (na cobertura) e dos bogies (uma espécie de carretilha) – tudo com a supervisão da Lanik I. S.A., empresa espanhola fornecedora da estrutura. Uma sequência de dias chuvosos pode inviabilizar o trabalho dentro do prazo acertado. O Atlético corre para entregar a obra antes da realização do Shooto Brasil, no dia 5 de dezembro. O evento de MMA é a primeira atração da parceria do clube com a G3 United, a nova gestora da praça esportiva atleticana

Menor índice de passes certos e de finalizações do campeonato. Líder disparado em lançamentos errados e quarto colocado entre os times que menos driblam no Brasileiro.

À primeira vista, os dados descrevem um candidato ao rebaixamento, realidade que já predominou, mas que hoje está longe do Atlético. Dono de algumas das piores estatísticas da competição, o Rubro-Negro, que pratica o oposto do tiki-taka, subverteu a lógica para praticamente garantir a permanência na elite com seis rodadas de antecedência. O clube precisa de apenas mais dois pontos na reta final do Nacional .

Com quatro treinadores na temporada (Claudinei Oliveira foi precedido por Miguel Ángel Portugal, Doriva e o interino Leandro Ávila), o Furacão sofreu diante de tantas trocas de filosofia. Aliada à escassez de opções no elenco, situação que moldou um estilo de jogo mais simples. Mas nem por isso ineficiente.

Se passa a bola 249 vezes por partida em média, é natural que o time não erre tanto o fundamento (36 falhas/jogo) e minimize a margem de perda de posse de bola para o adversário.

Mesma lógica aplicada às finalizações. Com menos oportunidades para marcar, a eficiência atleticana aumenta. Quando o chute tem direção, são necessários 3,3 tentativas para balançar a rede. Estatística levemente superior à do líder Cruzeiro, por exemplo.

O estilo de jogo mais direto e competitivo – e menos plástico – também é comprovado em outros três pontos. O mais gritante é o número de rebatidas anotadas pelo Rubro-Negro. O time é o líder em "chutões" do Nacional, com 1.507 – cerca de 47 "bolas para o mato" por confronto.

Além disso, a equipe da Baixada também se destaca, desta vez negativamente, por abusar de ligações diretas. Em 32 rodadas, tentou 1.513 lançamentos, um a cada dois minutos de jogo, mas apenas 32% foram bem sucedidos.

Terceiro no ranking de defesas e bloqueio de finalizações, o Atlético normalmente passa apuros nos duelos, fazendo o goleiro Weverton trabalhar bastante. E o confronto contra o Galo, no último domingo, funciona como um raio-X da campanha. No único chute com direção, Paulinho Dias garantiu a vitória.

"Não foi aquele jogo que eu gosto, fomos muito pressionados e não tivemos tanto a posse de bola. Mas soubemos jogar e aguentamos bem a pressão", explicou o técnico Claudinei Oliveira.

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