Em tempos de lei seca no trânsito, os torcedores brasileiros também estão tendo que cessar o consumo de álcool nos estádios. E nesta noite, na Vila Capanema, deve ser a última oportunidade de beber em jogos disputados em Curitiba.
Com a última rodada do primeiro turno, acaba o prazo para que os clubes permitam a comercialização de bebidas dentro de seus estádios sem sofrer sanções.
Desde abril, apenas no Paraná e no Rio Grande do Norte a venda está "liberada". O privilégio, no entanto, está com os dias contados já que a promessa é que no returno o cerco aperte e as punições atinjam times dentro de campo.
A resolução da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que proíbe a venda e o consumo de bebidas alcoólicas nas praças desportivas, foi divulgada no início do ano. Na Vila, na Arena e no Couto Pereira, porém, a comercialização não foi suspensa graças a uma liminar conseguida pelos bares instalados nos estádios, junto à Justiça Comum.
Agora, passível de multas, perdas de mando e até suspensões, as equipes decidiram tomar providências para que o artifício dos comerciantes não cause prejuízos.
Mas no Tricolor, a solução parece estar longe. "O Paraná tem tentado ao máximo cumprir a resolução, mas a gente fica de mãos atadas. Não podemos simplesmente proibir desrespeitando a liminar do judiciário. Eles podem exigir que cumpra", explica o advogado do clube, Lucas Pedroso.
Já no Atlético, desde a partida contra o Náutico, no dia 6, o torcedor não tem mais a companhia da cerveja gelada. "Foi feito o acordo com os lojistas e a partir do próximo jogo (amanhã, contra o Ipatinga) não será mais vendida nem consumida bebida alcoólica na Arena", afirma o advogado do clube, Marcos Malucelli.
Para o Coritiba, o primeiro turno também já terminou, mas a suspensão da venda ainda não está definida. Como o próximo jogo em casa é só na quarta-feira (contra o Figueirense), o clube dispõe de um tempo extra para negociar.
"Tenho certeza que chegaremos a uma solução", prevê Gustavo Nadalin, advogado alviverde."A única situação garantida é que não haverá venda. O Coritiba preza pela sua campanha no Brasileiro e com certeza o prejuízo junto a CBF será muito maior do que o não cumprimento de qualquer contrato", revela.
Do outro lado, porém, está a Futebol Total, que administra os bares do Couto e não gostaria de abrir mão da venda de seu principal produto. "Sem a cerveja o faturamento cai para um terço. O que eu sei é que eu tenho uma liminar e que a CBF não pode legislar", avisa o proprietário Ricardo Leme.
"Já propusemos outras atividades dentro do clube para poder ressarcir esse dano e talvez tenha que aumentar o preço do refrigerante" explica.
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