Jonas supera desconfiança e vira peça-chave no Coxa

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A contratação do lateral-direito Jonas pelo Coritiba, no início do ano, causou um sentimento de desconfiança na torcida. Passados nove meses, a aposta no jogador de 24 anos, que veio desconhecido e sem custo para o Alto da Glória, se revelou mais do que certeira.

Titular desde o início da temporada, o paulista de Votuporanga participou de 52 jogos em 2011, com três gols marcados. Superou críticas após um começo cambaleante e se firmou como o dono da camisa 2 coxa-branca.

"Comecei no Paranaense sem ritmo, fui melhorando, aparecendo um futebol legal. Na Copa do Brasil fomos bem. Assim como o time todo, estou crescendo", resume o lateral que, apesar de se dizer avesso às entrevistas, demonstra cada vez mais descontração com os microfones ligados.

Revelado pelo Mirassol-SP, Jonas passou pelo São Caetano antes de se transferir para o Inter, em 2007. Sem espaço no Rio Grande do Sul, foi emprestado se­­guidamente para Sport, Botafogo-SP e, por último, Vitória. Durante as últimas temporadas, foi observado pelo superintendente de futebol Felipe Ximenes, responsável pela indicação.

"Podia ter voltado para o In­­ter, mas aí apareceu o Cori­­tiba, que já no ano passado veio atrás de mim. Aceitei o desafio e estou feliz aqui", conta o jogador, que tem contrato com o Coxa até o fim de 2012. Os direitos econômicos do camisa 2 são divididos entre Coritiba (30%), São Caetano (10%), o próprio jogador (25%), e um grupo de empresários (35%).

Dono de fôlego privilegiado, o lateral chamou a atenção de Mano Menezes, que o teria incluído em uma pré-lista para o primeiro jogo do Superclássico das Américas, contra a Argen­­ti­­na. Os elogios também partem do técnico Marcelo Oliveira.

"Ele cresceu muito aqui. É um jogador que encaixou bem, entendeu a filosofia de trabalho. É o lateral moderno, não só defende, mas ataca bem também", elogiou o comandante, sem dúvidas sobre quem escalar na lateral direita alviverde amanhã, às 18 horas, contra o Ceará.

"Não creio que sou o dono. O Maranhão entrou bem nas oportunidades que teve. Che­­guei devagarinho, sem muito alarde, fazendo meu trabalho e fui conquistando meu espaço", ressaltou Jonas.