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Rio – É alta madrugada quando os últimos operários deixam as instalações do Maracanãzinho. O silêncio no histórico ginásio dura apenas três horas (das 4h às 7h), até uma nova turma assumir o batente. A obra mais atrasada para o Pan 2007 exige ritmo frenético. São 280 trabalhadores com turnos de até 10 horas para compensar dois anos de demora na reforma. A falência da empresa vencedora da licitação prejudicou o planejamento e as atividades foram retomadas há apenas dois meses.

Até agora a prioridade é o reforço estrutural. Um emaranhado de ferro é incorporado aos pisos e paredes para o ginásio, inaugurado em 54, ser a casa do vôlei.

Palco do título mundial do Brasil no basquete masculino, em 1963, o Maracanãzinho perdeu a chance de sediar o Mundial feminino deste ano por causa do atraso na obra. Seria um importante evento-teste, privilégio realizado no vizinho Parque Aquático Júlio De Lamare, que recebeu o Mundial Júnior de Natação.

A Odepa estipulou o prazo de conclusão dos trabalhos para março. Um limite sufocante diante do planejamento que inclui ainda construção de duas passarelas de acesso, remodelação de lanchonetes e banheiros, nova quadra, vestiários e colocação de cadeiras, cujo modelo ainda nem foi escolhido. O projeto dará ao lugar um formato de arena com capacidade para 13.163 espectadores.

Segundo o presidente da Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro (Suderj), Sérgio Antônio Emilião, as modificações no projeto inicial colaboraram para o retardamento do projeto. "A obra é tombada e exigiu vários ajustes. Mas estamos fazendo o possível para cumprir o cronograma", garantiu. (ALM)

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