Quem viu, viu. Quem ainda não viu tem a última chance hoje. Depois do confronto com o Paraná, às 15h45, no Ecoestádio, o J. Malucelli irá desaparecer. Virará parte da história, repetindo o caminho de diversos times de futebol da cidade.
A partir de amanhã o Jotinha passará a se chamar Sport Club Corinthians Paranaense. O novo batismo marca o início de fato da parceria com o Alvinegro paulistano, formalizada em fevereiro. E decreta o fim do simpático Malita.
Esta é a segunda vez que a equipe alterna o seu nome fantasia. O clube nasceu Malutrom, composição dos nomes Malucelli e Trombini, duas tradicionais famílias de origem italiana de Curitiba, em 1997. Com esse nome, chegou a ser campeão do módulo verde e branco (equivalente à Terceira Divisão) da Copa João Havelange, em 2000.
A denominação J. Malucelli foi adotada no fim de 2005. A explicação, na época, era que os Trombini já não estavam tão interessados em tocar o futebol.
A troca mais recente é uma opção mercadológica de Joel Malucelli, presidente de honra e proprietário do clube-empresa. O dirigente usou os números da recente pesquisa publicada pela Gazeta do Povo que apontou o Timão como o dono da maior torcida do estado para justificar a mudança.
A estreia do Corinthians Paranaense dentro das quatro linhas depende necessariamente do que fizer o Jota hoje. Terceiro colocado no octogonal final do Estadual com 13 pontos, um a menos do que a dupla Atletiba, o time ficou distante do título depois de perder para o Nacional na rodada passada (1 a 0). Além de fazer a sua parte, precisa contar com improváveis tropeços dos líderes.
Assim, a atenção se voltou para a ratificação da vaga na Série D, competição prevista para o segundo semestre. O concorrente é o mesmo Nacional, quarto lugar (11 pontos) a equipe de Rolândia encara o Coritiba, no mesmo horário, no Couto Pereira.
Garantida a ampliação do calendário, o Timão cover entra em campo já em 2009. Do contrário, terá de aguardar o regional do ano que vem para debutar. "Vamos esperar segunda-feira, vamos esperar segunda-feira...", enfatiza o presidente Juarez Malucelli, em uma rara entrevista.
"Até aqui está tudo muito bom. Mas precisamos vencer o Paraná para dizer que o dever foi cumprido", emenda o técnico Leandro Nieheus.
Responsável por tocar o dia a dia no Ecoestádio, Juarez não esconde o ar nostálgico que cerca a partida de hoje.
"Vai ficar uma lembrança boa, de um time de garra, de um trabalho bem feito. Só saudades", revela, usando frases que certamente serviram para embalar a última aparição de Savóia, Água Verde, Palestra Itália, Britânia, Ferroviário, Colorado e Pinheiros. Ou Internacional, América, Primavera, Bloco Morgenau, Junak, Real Brasil e Império do Futebol. Todos extintos. Todos curitibanos que viraram história.
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