Com muitas lágrimas e nenhuma medalha, o Brasil saiu zerado do primeiro dia combates do judô na Rio-2016.
Ao contrário de Londres-2012, quando Sarah Menezes conquistou o ouro na categoria até 48 kg e Felipe Kitadai ficou com o bronze na divisão até 60 kg, ambos pararam quartas de final do torneio olímpico na manhã deste sábado (6). A chance de subir ao pódio acabou à tarde, com novas derrotas na repescagem.
O revés mais marcante foi o de Sarah para a atleta da Mongólia Urantsetseg Munkhbat, que valia vaga na disputa pelo terceiro lugar.
Após ver a adversária – líder do ranking mundial – encaixar uma chave de braço na segunda tentativa, já no golden score, a piauiense de 26 anos permaneceu esparramada no tatame até ser atendida pelo médico da seleção.
De acordo com a assessoria de imprensa, a atleta sofreu uma luxação no cotovelo direito e foi levada para a Policlínica, hospital localizado dentro da Vila Olímpica.
“Ela relatou que sentiu o cotovelo saindo do lugar e ela mesma recolocou”, falou o médico Mateus Saito.
Apesar da derrota, Sarah, que chorou de dor e de tristeza, teve o nome cantado pelo público na Arena Carioca 2, que não estava lotada durante o duelo. Também foi assim contra a cubana Dayaris Mestre, quando a atleta ganhou incentivos dos torcedores.
O desempenho de Felipe Kitadai também ficou muito aquém dos Jogos de Londres. O paulista radicado no Rio Grande do Sul de 27 anos passou chorando pela zona mista de imprensa após perder por ippon para Diyorbek Urozboev, do Uzbequistão; na quartas ele havia sido derrotado Orkhan Safarov, do Azerbaijão.
“Temos seis dias pela frente e muita munição para queimar. Realmente o dia de hoje foi muito ruim. Olimpíada tem magia, os favoritos perdem”, comentou o gestor de alto rendimento da Confederação Brasileira de Judô, Ney Wilson.
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