O julgamento que pode definir o rebaixamento de Paraná ou Rio Branco para a Divisão de Acesso do Paranaense foi adiado nesta quinta-feira (22). O presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR), Peterson Morosko, acatou o pedido de adiamento do advogado do Rio Branco, Domingos Moro. Moro apresentou atestados médicos (está sem voz) e, por isso, estaria impossibilitado de defender o clube parnanguara verbalmente no tribunal.
"Não traz prejuízo desportivo, já que é apenas um dia útil de diferença. O Domingos Moro apresentou dois atestados médicos", argumenta Morosko.
Questionado quanto à possibilidade do advogado não recuperar a voz até a próxima segunda-feira (26), data da nova sessão, o presidente do TJD disse que "não trabalha com hipóteses".
O Rio Branco será julgado pela escalação irregular do meia-atacante Adriano. O Tricolor conseguiu no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) o direito de participar da sessão como terceiro interessado no caso. O Rio Branco corre o risco de perder todos os pontos em disputa nas seis partidas em que o jogador atuou, além dos quatro conquistados, totalizando 22 pontos.
O advogado do Paraná, Itamar Côrtes, acredita que o Tricolor não teve prejuízo com o adiamento. "A estratégia vai continuar a mesma. O clube está confiante na reversão da última decisão do tribunal", diz.
No primeiro julgamento no TJD, o Rio Branco foi apenas multado em R$ 27,5 mil. Mas o departamento jurídico do Paraná conseguiu anular a decisão com recurso no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio.
Procurado pela reportagem da Gazeta do Povo, na saída da sessão, Domingos Moro alegou estar tomando três tipos de remédios, com tosse, dor de garganta e ainda teria acordado nesta quinta sem voz. "Não é estratégia da defesa, porque ganhar dois dias não tem sentido", garante o advogado.
Entenda o caso:
O jogador Adriano de Oliveira Santos, vindo do Guarulhos, teria registro na Federação Paulista de Futebol. O Rio Branco pediu a transferência do atleta, mas os paulistas não encontraram o registro dele e teriam encontrado com nome similar na Federação Capixaba. Na verdade, se tratava de outro jogador, Adriano Oliveira dos Santos. A transferência foi paga, mas o registro na Federação Paranaense na realidade foi feito em nome do jogador do Espírito Santo.
No inquérito, o jogador alegou apenas ter jogado na Bahia e em São Paulo e não teria percebido a pequena diferença no nome no contrato por ter assinado o vínculo durante um treino. O problema foi descoberto quando um clube mineiro, o Formiga, contratou o verdadeiro Adriano Oliveira dos Santos e não encontrou o registro dele no Espírito Santo.
Desta forma, Adriano atuou seis partidas com o nome de outro atleta registrado, o que justificaria a possibilidade de perda de 18 pontos, mais os quatro pontos que foram conquistados nestes jogos, somando um total de 22.
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