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Esta é a segunda vez que Julião da Caveira terá de dar esclarecimentos à Câmara por envolvimento em confusão | Ivonaldo Alexandre / Gazeta do Povo
Esta é a segunda vez que Julião da Caveira terá de dar esclarecimentos à Câmara por envolvimento em confusão| Foto: Ivonaldo Alexandre / Gazeta do Povo

Convocado a prestar esclarecimentos à corregedoria da Câmara de Vereadores, o vereador Julio Cesar Sobota, o Julião da Caveira (PSC), pediu desculpas e se disse "extremamente arrependido" pelas ameaças que fez aos jogadores do Atlético. O arrependimento do vereador, que também é presidente da torcida organizada Os Fanáticos, porém, não alivia o caso do parlamentar, que ainda pode ser levado ao Conselho de Ética da casa.

"Simplesmente me expressei mal. Quando falei 'a gente', não queria dizer 'eu'. Tenho mais coisa para fazer. Eu dei o recado que todo mundo me cobrava, mas tenho família para cuidar. Não posso ficar de babá de jogador".

Sobota, que tem um histórico de confusões, incluindo brigas generalizadas com outras torcidas, foi chamado para dar explicações após uma entrevista concedida à Rádio CBN no último dia 22, em que afirmou que os jogadores atleticanos que fossem encontrados na noite estariam no dia seguinte no "hospital ou em casa de molho, tomando sopa de canudinho".

Esta não é a primeira vez que o vereador tem de dar explicações à Câmara. Ano passado, ele tede de prestar esclarecimentos à Comissão de Ética pelo quebra-quebra com outra torcida organizada atleticana no bar anexo à Arena. Sobota chegou a ser encaminhado a uma delegacia, onde assinou termo circunstanciado.

Segundo o corregedor da Câmara, o vereador Roberto Hinça, Julião admitiu que foi "infeliz" nas declarações e que se deixou influenciar pela pressão exercida pelos torcedores. Terça-feira (28), ele já havia comparecido à tribuna da Câmara para pedir desculpas diante de todos os demais parlamentares. "Eu errei por ter falado daquela maneira. Queira ou não, não posso falar assim", disse Sobota à Gazeta do Povo.

As explicações, de qualquer forma, não finalizam o processo. O próximo passo a ser tomado por Hinça será analisar o caso junto aos advogados que compõem a procuradoria jurídica da Câmara. Eles investigarão se a ameaça feita por Sobota infringe o código de ética da casa. A resposta sairá dentro de uma semana.

Se for constatada quebra de decoro parlamentar, o caso será levado à Comissão de Ética, que abrirá pode abrir inquérito de investigação. As punições vão desde advertência oral, advertência escrita, suspensão por 90 dias, e até a perda do mandato.

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