Jumar supera lesão, dúvidas e o ostracismo

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Três jogos. Foi tudo o que o volante Jumar, de 21 anos, precisou para deixar o ostracismo, se tornar uma das principais esperanças paranistas na luta contra o rebaixamento e movimentar os bastidores com negociações a respeito de seu futuro.

Contratado no ano passado para disputar a Copa 100 Anos pelo time B do Paraná, ele sofreu uma séria lesão de joelho e só voltou a treinar normalmente em agosto. Na falta de jogadores da posição, o técnico Lori Sandri até quis escalá-lo contra o Figueirense, há cinco rodadas. "O problema é que havíamos acabado de renovar o contrato do atleta e ainda não havia sido publicado no BID (Boletim Informativo Diário da CBF)", conta o vice-presidente de futebol José Domingos.

Com a situação burocrática regularizada, e já com Saulo de Freitas no comando, Jumar ficou no banco de reservas na partida contra o Flamengo e se tornou titular, e sempre um dos melhores em campo, nos duelos com Palmeiras, Internacional e Atlético-MG.

"Procuro sempre cumprir a orientação dos treinadores, porque sei que isso facilita tanto para o time como para mim", afirma o volante, com a humildade de quem sequer comprou um celular depois de vir para a capital.

O novo contrato com o Tricolor vai até o fim de 2008. Segundo Celso Silva, procurador de Jumar e diretor do Bandeirantes – que o emprestou ao Paraná e que detém os direitos federativos até 2012 – foi firmada uma parceria de 50% para cada clube em caso de negociação.

Mas o Paraná está interessado em aumentar sua participação. "Iniciamos uma conversa para vender parte dos nossos 50% e tivemos uma sinalização positiva. Somos um time do interior, com necessidades, mas também não há desespero para vender correndo", disse o representante do clube do Norte paranaense, que por enquanto trabalha apenas com categorias de base.

Silva disse que o Bandeirantes também já foi procurado por outros clubes. "Houve contatos sim logo após o jogo com o Inter. Mas não quero especular em cima disso. Temos um estilo transparente de trabalhar e a preferência é do Paraná", garantiu, dizendo-se agradecido pela forma como o atleta foi tratado no Tricolor durante o período de recuperação.