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O goleiro Juninho é abraçado pelos companheiros após defender pênalti aos 38 minutos do 2º tempo. Eduardo Ramos chutou o chão e facilitou para o camisa 1 paranista | Pedro Serápio/ Gazeta do Povo
O goleiro Juninho é abraçado pelos companheiros após defender pênalti aos 38 minutos do 2º tempo. Eduardo Ramos chutou o chão e facilitou para o camisa 1 paranista| Foto: Pedro Serápio/ Gazeta do Povo

Vestiário

Aramis ataca os jogadores

"Eu me senti um pouco traído por esse grupo". O vice-presidente do Paraná, Aramis Tissot, revelou-se magoado com a "greve de um dia" que os jogadores fizeram na segunda-feira, em protesto aos atrasos de pagamentos dos funcionários e de suas premiações. O dirigente não esconde, ainda, que o desgosto pode resultar na renúncia do cargo. Tissot afirmou que sua decisão será tomada após uma reunião com os jogadores, a ser marcada para a próxima segunda ou terça-feira. "Eles não sabem o prejuízo que deram. Nunca vi isso no Brasil, uma greve sem avisar ninguém. Só vai denegrir a imagem do clube. Tenho duas empresas dispostas a trazer o patrocínio, mas que me telefonaram (depois da paralização) dizendo que já estão em dúvida em manter o patrocínio", afirmou.

Paraná 1 X Sport 1

O Paraná segue vivo na briga pela classificação à terceira fase da Copa do Brasil, mas perdeu a oportunidade de fazer valer seu mando de campo. O empate por 1 a 1 em casa, diante do Sport – que chegou ao 17.º jogo invicto nesta temporada –, complica a situação da equipe para a partida de volta, dia 31 de março, na Ilha do Retiro.

Mesmo assim, a noite poderia ter sido bem mais trágica se Eduardo Ramos não tivesse perdido um pênalti, aos 38 minutos do segundo tempo. Penalidade que transformou o goleiro paranista Juninho, que defendeu a cobrança no canto direito, no he­­rói do Tricolor. Uma derrota não só atrapalharia muito os planos do time na competição, como aumentaria o clima ruim iniciado na Vila com a greve do departamento de futebol, na segunda-feira.

A contar pelo início da partida, o torcedor chegou a pensar que o Paraná levaria uma vantagem maior para o jogo no Recife. O atacante Marcelo Toscano abriu o placar logo aos 5 minutos, aproveitando o passe do zagueiro improvisado na lateral-esquerda Diogo Correia. Este invadiu a grande área, limpou a jogada e rolou para o camisa 9, que chutou sem chances para o goleiro Magrão.

Com a marcação forte de lado a lado, o Sport chegou ao empate aos 24 minutos, de bola parada. Na cobrança de escanteio, o vo­­lante Tobi, improvisado como volante, subiu mais que a defesa paranista e empatou. "Treinamos tanto o ataque de bola parada e, no fim, o feitiço virou contra o feiticeiro", lamentou Diego Correia.

O Paraná seguiu mais ofensivo, porém desperdiçou ao menos três chances claras de gol. Aos 36 minutos, quando tinha um jogador a mais (Tobi foi expulso aos 17 minutos da etapa complementar), o zagueiro Irineu tirou a bola com a mão, no chute do atacante rubro-negro Ciro. O defensor foi expulso e o pênalti marcado.

Hora de Juninho brilhar. Defendeu a penalidade cobrada por Eduardo Ramos. "Pelo que jogamos, seria uma grande tragédia (que o gol saísse, decretando a derrota pananista). Nosso time teve mais ações", afirmou o arqueiro.

Não é só o prestígio de seguir na competição, que dá ao campeão uma vaga na Libertadores, que interessa ao Paraná, mas também incrementar o caixa.

Nas duas primeiras fases, a Copa do Brasil paga aos participantes R$ 90 mil (com o valor recebido nos jogos contra o Cerâmica-RS é que o Tricolor efetuou o pagamento de valores reclamados pelos funcionários do departamento de futebol). Se eliminar o Sport no segundo jogo, enfrenta na terceira etapa o ganhador do duelo entre Atlético-MG e Chape­coense e recebe R$ 210 mil.

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Veja a ficha técnica Paraná 1 X 1 Sport:

Em Curitiba

Paraná

Juninho; Jefferson, Irineu, Luiz Henrique e Diego Correia (Pará); Chicão, João Paulo, Edimar (Wellington Silva) e Éverton; Márcio Diogo (Igor) e Marcelo Toscano.

Técnico: Marcelo Oliveira.

Sport

Magrão; Igor, César e Tobi; Ratinho (Júlio Cesar), Zé Antônio, Daniel Paulista, Eduardo Ramos (Cássio) e Dutra; Ciro e Dairo (Montoya).

Técnico: Givanildo Oliveira.

Estádio: Vila Capanema. Árbitro: Flávio Rodrigues Guerra (SP). Gols: Marcelo Toscano (P), aos 5/1º; Tobi (S ), aos 24/1º. Amarelos: Diego Correia, Marcelo Toscano e Éverton, Chicão (P); Tobi, Eduardo Ramos, Ciro (S). Vermelho: Tobi (S), aos 17/2º; Irineu (P), aos 37/2º. Renda: R$ 70.130. Público pagante: 3.897 (4.628 total).

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