Veja os nomes dos outros presos:
- Cirus Itiberê da Cunha, 57 (diretor financeiro do FPF e presidente da Comfiar)- Carlos Roberto de Oliveira, 62 (presidente do conselho fiscal da PFP)- Marco Aurélio Rodrigues, 37 (auxiliar do departamento financeiro da FPF e fiscal eletivo da Confiar)- Laércio Polanski, 47 (contador e tesoureiro da FPF e fiscal da Comfiar)- José Johelson Pissaia, 59 (diretor administrativo da FPF)- César Alberto Teixeira de Oliveira, 43 (ex-fiscal suplente da Comfiar)- Vanderlei Manoel Inácio, 45 (O Colégio Técnico de Futebol Pinheirão estaria registrado em seu nome)- Roberto Tiboni, 54 (arrendatário do estacionamento do Pinheirão - feirão de automóveis)
A Justiça acatou o pedido do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce) e no início da noite desta quarta-feira (14) decretou a prisão preventiva do ex-presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Onaireves Moura, e de outros oito acusados de desvio de dinheiro da entidade. Como já estavam detidos desde o último dia 6 de novembro, durante a Operação Cartão Vermelho, o grupo permanece na prisão por pelo menos mais 81 dias - período no qual o caso deve ser julgado e os réus absolvidos ou condenados.
Dentro desse prazo, a polícia ganha 10 dias para recolher mais provas e encerrar relatórios para entregar ao Ministério Público do Paraná (MP-PR). Depois da entrega dos relatórios finais, o MP-PR terá cinco dias para formalizar a denúncia contra os acusados à Justiça, que então apreciará o caso e determinará a data do julgamento.
No início da tarde desta quarta, o Nurce concluiu o inquérito sobre o possível desvio de dinheiro praticado por ex-diretores da FPF. Segundo o delegado-chefe Sérgio Sirino, ficou provado que todos os acusados praticaram os crimes de desvios de dinheiro, fraude processual e à execução, estelionato, formação de quadrilha e apropriação indébita na federação.
"Concluímos o inquérito. Essa primeira parte das investigações visava a identificação de procedimentos criminosos na federação, ou seja, mecanismos que eram usados pela antiga e pela atual diretoria para desvio de dinheiro. Conseguimos identificar comprovadamente a existência de um 'furo' nos cofres da FPF. Isso significa que dinheiro da federação saia da conta jurídica da entidade para atender aos interesses particulares do ex-presidente e de toda essa teia criminosa", explicou Sirino.
Ainda de acordo com o delegado, o inquérito traz elementos contundentes para que os acusados permaneçam presos. "Tínhamos a suspeita de um caixa dois, mas encontramos um sistema de desvio de dinheiro do Paranaense, do Brasileiro, de taxas e de transferências de jogadores. Esses valores não trafegava só pela FPF, mas sim pela Comfiar (Comissão de Fiscalização de Arrecadação), pela escola técnica do Pinheirão e por outros órgãos internos. Hoje representamos pela preventiva de todos, mas dependemos da decisão do MP-PR e do Judiciário. O trabalho da polícia quanto as investigações dos desvios e a identificação dos envolvidos se encerra".
O Nurce também acredita que uma intervenção na FPF não pode ser descartada. "Isso será decidido na esfera do direito civil. Mas pelos indicativos que temos, a nomeação de um interventor seria importante para a preservação de provas que ainda possam estar lá. Mas isso é algo que não cabe à polícia decidir", concluiu Sirino.