O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Curitiba emitiu ontem um despacho determinando que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) registre a prorrogação de contrato do atacante Dagoberto com o Atlético.

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A primeira audiência do processo movido pelo clube contra o jogador está marcada para 10 de agosto. Mas, como dia 23 de julho o compromisso de Dagoberto com o Rubro-Negro entra no último ano de vigência e a multa rescisória para transferências nacionais cai para R$ 5,4 milhões, o juiz responsável pelo caso entendeu que seria conveniente conceder a antecipação de tutela.

Ninguém no clube foi encontrado desde o surgimento da notícia, no final da tarde de ontem, para falar sobre o assunto. No site oficial do Atlético, o clube apenas confirmou a ação judicial e disse que "seu propósito é retomar as tratativas em busca de uma solução consensual (para a renovação) entre as partes."

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Há um mês, em meio à novela que se tornaram as negociações para uma possível renovação de contrato, o presidente, João Augusto Fleury, disse que o clube buscaria garantir seus direitos na Justiça caso não chegasse a um acordo com o atleta e seus procuradores. O argumento apresentado por Fleury era o de que havia brechas judiciais para que o Rubro-Negro conseguisse prorrogar o vínculo pelo tempo em que Dagoberto ficou afastado por causa da lesão nos ligamentos do joelho direito sofrida em outubro de 2004, ou seja, quase um ano.

Terça-feira, de forma repentina, o atacante foi afastado do treino coletivo realizado no CT do Caju. O fato se repetiu ontem pela manhã, na Arena. Dagoberto participava normalmente do trabalho até ser deixado de lado pelo técnico Givanildo Oliveira no momento da divisão das equipes.

O treinador declarou recentemente que não abriria mão de escalar o jogador enquanto ele estivesse à sua disposição. Mesmo assim, a versão oficial do clube é de que o atleta está treinando normalmente e, desta forma, sua exclusão até do time reserva seria por motivos técnicos.

Dagoberto e seus procuradores afirmam que só vão se pronunciar a respeito do caso após serem informados oficialmente da decisão judicial. "Não estamos sabendo de nada. Vamos esperar o oficial de justiça nos comunicar e, caso isso realmente aconteça, ver em que lei se baseiam para tentar isso", disse Naor Malaquias, da Massa Sports, empresa que gerencia a carreira do atacante.