Roma O país campeão do mundo aplicou duro golpe na corrupção e não permitiu que o escândalo terminasse em pizza. A Comissão de Apelo Federal da Federação Italiana de Futebol (FIGC) concluiu ontem o processo de um dos mais complicados casos de fraudes esportivas dos últimos tempos e jogou pesado contra os principais culpados. As penas maiores incidem sobre quatro tradicionais clubes: Juventus, Fiorentina e Lazio caem para a Série B e largam a temporada de 2006-07 com pontuação negativa; o Milan foi mantido no grupo de elite, mas igualmente parte devendo pontos e fica fora da próxima Liga dos Campeões. Dirigentes e árbitros também sofreram punições. Todos vão recorrer das sentenças na próxima semana.
O anúncio do encerramento do processo foi feito por Cesare Ruperto, experiente jurista nomeado pelos interventores da FIGC e que desde o fim de junho dividiu a tarefa de analisar provas e depoimentos com mais quatro auxiliares em um salão do Estádio Olímpico, em Roma. "Trabalhamos sem pressão de nenhuma parte", garantiu Ruperto em comunicado oficial. "Fiz apenas o meu dever."
Ruperto não aliviou e aceitou em grande parte sugestões de Franceso Borrelli, encarregado das investigações. A maior atingida foi a Juventus, que podia orgulhar-se de jamais ter conhecido o rebaixamento em quase 110 anos de história. Além de perder os dois últimos títulos italiano, o poderoso clube de Turim não caiu para a Série C, como sugeria o pedido dos promotores, mas ficou bem perto disso: estará na Segunda Divisão, porém com 30 pontos negativos. Na prática, isso torna praticamente impossível o retorno à Série A em 2007-08. Luciano Moggi, ex-dirigente da Juve e considerado um dos cabeças do esquema de corrupção, fica cinco anos afastado de cargos diretivos.
Não menos complicada é a situação da Fiorentina, que alguns anos atrás correu risco de desaparecer, porque quebrou sob a administração do produtor cinematográfico Cecchi Gori. O time toscano, que chegou a disputar a Série C como Florentia 1926 antes de recuperar o nome original, começa a Série B com menos 12 pontos. A Lazio pode se considerar no lucro por começar com menos 7.
Com o rebaixamento dos três, Messina, Lecce e Treviso foram promovidos de volta à Série A. Houve alteração também na lista de representantes da Itália nas Copas européias. Inter e Roma vão diretamente para a chave principal da Liga dos Campeões enquanto Chievo e Palermo disputam a fase preliminar. Livorno e Empoli disputam a Copa Uefa.
PT apresenta novo “PL da Censura” para regular redes após crescimento da direita nas urnas
Janjapalooza terá apoio de estatais e “cachês simbólicos” devem somar R$ 900 mil
Não há inflação baixa sem controle de gastos: Banco Central repete alerta a Lula
De 6×1 a 4×3: PEC da redução de jornada é populista e pode ser “armadilha” para o emprego
Deixe sua opinião