K9 só pensa no Palmeiras, garante Maurício

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Em meio a informações da imprensa de São Paulo de que o vice-presidente de futebol do Palmeiras, Gilberto Cipullo, desembarcará nesta semana em Curitiba para tentar levar o atacante Keirrison, o zagueiro Maurício, que recentemente trocou o Coxa pelo Porco, colocou mais lenha na fogueira ao dizer que o K9 já está com a cabeça no Alviverde paulista.

"Encontrei o Keirrison em dezembro, em um casamento (do volante Rodrigo Mancha), e ele comentou que está com a cabeça aqui", afirmou aos jornalistas que cobrem a pré-temporada do Palmeiras, em Atibaia, no interior de São Paulo.

Palavras na contramão das que o ex-companheiro, cujo vínculo com o Coritiba termina no dia 30 de abril, vem dizendo. "Nem penso que o meu contrato vai acabar, ou para onde vou depois. Só na competição que vou disputar", garantiu Keirrison na última entrevista, quinta-feira, se referindo ao Paranaense.

A segunda parte do discurso de Maurício ficou mais mal explicada ainda: "Lá ele vai treinar separado, porque fica difícil trabalhar com o pensamento em outro lugar."

Keirrison, porém, vem participando normalmente da preparação coxa-branca e se colocou à disposição do técnico Ivo Wortmann. "De longe, sempre via ele enaltecer o clube. No primeiro contato pessoal, tive certeza do que pensava. É um jovem com a maturidade maior do que o normal. Me deixou tranquilo ao dizer que pretende fechar sua passagem pelo Coritiba com chave de ouro", contou o treinador.

Mas um acordo entre as diretorias pode mudar os planos a qualquer momento. "Basta o Palmeiras, ou a Traffic (empresa parceira do clube paulista, que adquiriu os 80% dos direitos econômicos do atleta que pertenciam a seus empresários), nos pagarem o que achamos justo", resume o diretor de futebol, Homero Halila.

O problema é que o gerente de futebol palmeirense, Toninho Cecílio, informou que o clube não pretende aumentar a proposta anterior – que só não resultou em acordo porque o Coxa não gostou do assédio a Maurício. "Todo mundo sabe que o Keirrison gostaria de já estar aqui, mas o Coritiba precisa assinar a liberação. Não vamos aumentar um centavo sequer", afirmou, apesar da viagem de Cipullo e do desespero do clube por contratar um atacante – depois de perder Alex Mineiro e Kléber – indicarem o contrário.