Foram 11 participações sem triunfos até que o brasileiro Tony Kanaan (KV Racing) conquistou ontem, de forma histórica, a primeira vitória da carreira nas 500 milhas de Indianápolis, com direito a uma ultrapassagem na última volta sem bandeira amarela. "É maravilhoso. Não dá para falar", disse o vencedor, emocionado logo após descer do carro e subir ao pódio em Indianápolis. "Tenho de agradecer a Deus que deu tudo certo", emendou ele, que dedicou o triunfo ao filho.
Na 97.ª edição da tradicional prova, Kanaan brigou pela ponta durante quase todo o tempo com pilotos da equipe Andretti. Após um acidente do americano Graham Rahal (Rahal Letterman Lanigan), a corrida ficou interrompida até quatro voltas para o final.
Na relargada, o brasileiro ultrapassou o também americano Ryan Hunter-Reay (Andretti), assumiu a ponta e ainda contou com a sorte. O escocês Dario Franchitti (Ganassi) se chocou contra o muro, o "pace car" voltou à pista e as 500 milhas foram encerradas com bandeira amarela. A segunda posição foi do colombiano Carlos Muñoz (Andretti), o novato do ano, com Hunter-Reay em terceiro.
Kanaan, que largou em 12.º lugar, tornou-se o quarto brasileiro a subir ao lugar mais alto do pódio em Indianápolis. Antes, Hélio Castroneves (2001, 2002 e 2009), Emerson Fittipaldi (1989 e 1993) e Gil de Ferran (2003) já haviam feito a tradicional comemoração com leite.
Entre os outros representantes do país na corrida deste domingo, Hélio Castroneves (Penske) fechou na 6.ª posição, enquanto Bia Figueiredo (Dale Coyne) completou em 15.º lugar. A edição de 2013 das 500 milhas teve 68 trocas na liderança, o que pulveriza o recorde anterior da prova, de 34, estabelecido no ano passado. Além disso, a prova deste ano foi a mais rápida de toda a história, com uma velocidade média de 187,433 milhas por hora. A melhor marca era de 185,981, registrada pelo holandês Arieh Luyendyk em 1990.