O título mundial de surfe mais uma vez foi decidido no Brasil. O americano Kelly Slater conquistou sua sétima coroa nesta terça-feira, na Praia da Vila, em Imbituba (SC), após o havaiano Andy Irons, único que poderia lhe roubar a taça, ser eliminado pelo australiano Nathan Hedge nas quartas-de-final.

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Slater já havia sido campeão no Brasil em 1992, quando conseguiu seu primeiro título. Além dele, Mark Occhilupo, Sunny Garcia e o próprio Andy Irons já haviam se sagrado campeões em águas brasileiras. Slater venceu o WCT em 1992, 94, 95, 96, 97 e 98.

Eliminado pelo sul-africano Travis Logie nas oitavas-de-final, só restou a Slater torcer contra Irons, que precisava chegar no mínimo nas semifinais para levar a disputa do título para a última etapa, no Havaí, em dezembro. O havaiano avançou até as quartas, mas perdeu para Hedge na bateria mais disputada do evento por 17,70 a 16,80 pontos. Na área reservada aos competidores, Slater comemorou muito e não segurou as lágrimas.

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- Minha garganta quase explodiu. Pensei em muitas coisas e não conseguia acreditar no que acontecia. Não vejo a hora de chegar em casa e falar com a minha família - disse Slater, ainda chorando, ao Sportv.

O americano agradeceu à torcida brasileira, que lotou a praia e vibrou muito com as manobras de Nathan Hedge, e também ao australiano.

- A torcida aqui é muito forte, me faz sentir em casa. Me sinto quase brasileiro. Hedge me disse antes da bateria que ia vencer e que eu ficaria com o título. Agradeço muito a ele - completou Slater.

Dois brasileiros continuam na disputa em Imbituba. O carioca Raoni Monteiro passou pelo australiano Mick Fanning nas oitavas e eliminou outro australiano, Kirk Flintoff, nas quartas para garantir vaga nas semifinais. Este é o melhor resultado da carreira de Raoni em duas temporadas de WCT.

O cabofriense Victor Ribas derrotou o australiano Phillip MacDonald nas oitavas e bateu outro aussie, Joel Parkinson, nas quartas para chegar nas semifinais também.

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