Kimi é pole e Schumacher ri da desgraça do rival Alonso

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Monza, Itália – Cena rara, michael schumacher perdeu uma disputa na pista mas sorria ontem em Monza. Porque viu Fernando Alonso ficar para trás no grid do GP da Itália. E porque, à sua frente está um neo-aliado, um dos outros dois personagens do anúncio mais aguardado dos últimos 13 anos na Fórmula 1.

Kimi Raikkonen, que hoje será confirmado como piloto ferrarista, superou o alemão por dois milésimos de segundo. Foi sua 11.ª pole na categoria, a terceira no ano. A Schumacher, coube o segundo posto.

Arqui-rival do alemão, Alonso, 12 pontos a mais no Mundial de Pilotos, fez o quinto melhor tempo na pista. Mas como atrapalhou uma volta rápida de Felipe Massa foi punido e larga em décimo. A largada do GP da Itália é às 9 horas (de Brasília).

"Estou numa posição confortável. O grid não parece muito ruim para as minhas pretensões no campeonato. É claro que é melhor ver o Fernando atrás de mim do que lá na frente", afirmou o alemão, claramente satisfeito.

Havia, afinal, outros motivos para alegria. Entre Schumacher e o espanhol está Nick Heidfeld, compatriota do heptacampeão e afagado por ele durante toda a entrevista coletiva dos primeiros colocados.

"É muito legal ver outro alemão aqui, no pódio do grid de largada", disse o ferrarista.

E também estava Massa, o terceiro e último personagem do anúncio marcado há 45 dias, no GP da Alemanha, em Hockenheim, para hoje.

Logo após a corrida, a Ferrari confirma seu time para 2007. As hipóteses são Raikkonen–Massa (com o alemão aposentado), Raikkonen– Schumacher (e o brasileiro como piloto de testes ou na Toro Ross) ou uma lista tríplice, adiando a decisão.

Ao contrário do sorridente Schumacher, Massa estava contrariado com a atitude de Alonso. "Perdi pelo menos três décimos de segundo atrás dele no último trecho da minha melhor volta", lamentou o brasileiro.

Se a conta de Massa estiver certa, ele conquistaria o primeiro posto: ficou a 0s220 do homem que pode sucedê-lo no time. Uma diferença que nem a punião ao espanhol foi capaz de devolver.

Alonso negou ter deliberadamente atrapalhado o ferrarista. E refutar a acusação não foi sua única preocupação ontem à tarde. No último bloco do treino, o pneu traseiro direito de seu carro explodiu.

Ao lado da Michelin e da Renault, o espanhol buscava explicações e mostrava receio para a prova. Não bastasse isso, ainda está usando antiinflamatório para aliviar dores no joelho direito.

Nos bastidores, o mundo sabe há 45 dias, será um domingo vermelho. Dentro da pista, Schumacher imagina, também será.

Na TV: GP Itália, às 9 horas, na Globo/ RPC.