Suzuka, Japão (Folhapress) A frustração por quatro quebras de motor foi apagada. A raiva por três abandonos quando liderava GPs, esquecida. O prefixo "vice" sumiu. Ao menos por um dia, daqueles marcantes, inesquecíveis, ontem, em Suzuka, no Japão. Segundo colocado no Mundial de Fórmula 1, Kimi Raikkonen correu o GP do Japão como se quisesse provar que deveria ser ele, e não Fernando Alonso, o campeão.
Largando em 17.º, venceu a penúltima etapa, tornando-se o terceiro piloto da categoria a ganhar uma prova saindo tão atrás.
Melhores do que ele só John Watson em Long Beach-83 e Rubens Barrichello em Hockenheim-00. Eles venceram largando, respectivamente, em 22.º e 18.º.
De quebra, Raikkonen superou o número de vitórias de seu rival. O triunfo de ontem foi o sétimo no ano, contra seis de Alonso.
"Foi uma das melhores corridas que já fiz. Considerando todos os problemas que nós tivemos aqui, ir embora com uma vitória é sensacional", declarou o finlandês.
Problemas que começaram sexta-feira, com um motor estourado que lhe tirou dez posições no grid. Que continuaram no treino oficial de sábado, com a chuva apertando no instante em que ele estava na pista. E que persistiram na largada, quando bateu no colega de McLaren, Juan Pablo Montoya. Seu carro, porém, agüentou o tranco. E Raikkonen decidiu agir.
Na primeira volta, ultrapassou o indiano Narain Karthikeyan (Jordan), e os holandeses Christijan Albers e Robert Doornbos (ambos da Minardi) e ganhou as posições do japonês Takuma Sato (BAR) e Barrichello, que escaparam da pista. Completou o giro em 12.º.
Na oitava volta, passou Felipe Massa. Na nona, ganhou o posto de Antonio Pizzonia, que abandonou. Na décima, superou Jacques Villeneuve. Na 11.ª, era nono. Na 14.ª, sua vítima foi Christian Klien. Começou então a primeira janela de pit stops. Raikkonen manteve-se na pista mais do que a maioria dos concorrentes e, nos boxes, bateu o alemão Ralf Schumacher (Toyota), o escocês David Coulthard (Red Bull) e Alonso. Na 29.ª volta, já estava em quinto lugar.
Na volta seguinte, ultrapassou Michael Schumacher no fim da reta dos boxes e encostou em Mark Webber, terceiro colocado.
Era hora de usar novamente da estratégia. Ele retardou seu derradeiro pit, acelerou quando teve pista livre, reabasteceu e voltou à corrida já na segunda colocação.
À frente, Giancarlo Fisichella, oito voltas e 5s470 de desvantagem. Quando Fisichella abriu a 53.ª e última volta, tinha Raikkonen ao lado. A 320 km/h os dois quase tocaram rodas. Mas o finlandês, na primeira curva, por fora, superou o italiano. Venceu a prova. Com o prazer de ver Alonso no pódio, em terceiro. E com a certeza de ter reforçado a impressão de que o prefixo "vice", nesta temporada, não lhe caiu bem.
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