Kléber não esconde que o interesse de outros clubes pelo seu futebol o deixa envaidecido. Mas, com a volta das especulações sobre seu destino em 2010, o atacante do Cruzeiro – na mira de Palmeiras e Flamengo - deixou transparecer a impaciência, nesta quarta-feira, em entrevista coletiva na Toca da Raposa 2.

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O Gladiador voltou a falar da possibilidade de uma transferência, mas desmentiu que esteja infeliz em Belo Horizonte e negou que tenha pedido um aumento salarial ao clube. Apesar disso, a exemplo do discurso de seu empresário e até mesmo do técnico Adilson Batista, o jogador lembrou que a janela de transferências segue aberta.

"Fico triste porque vejo meu nome envolvido nessas notícias, e isso acaba atrapalhando meu relacionamento com a torcida", explicou.

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Depois do desabafo, Kléber mudou de assunto para falar sobre os desafios da Raposa em 2010, e ressaltou a importância de fazer uma boa estreia no Campeonato Mineiro.

"Não é novidade que o Cruzeiro está focado na Libertadores. Agora, começar o ano vencendo é importante, para começar com o pé direito".

Confira os principais momentos da coletiva de Kléber:

Especulações sobre transferência

Estou de saco cheio desse assunto. Ontem (terça-feira), deram uma notícia mentirosa, dizendo o Pepe (Giuseppe Dioguardi, empresário de Kléber) esteve aqui para me levar embora para outro clube... É mentira, ele nem estava em Belo Horizonte. Se o Flamengo, o Palmeiras, o Corinthians, ou qualquer time quiser me contratar, que venha aqui e fale com o Zezé (Perrella, presidente do Cruzeiro), e depois nós conversamos.

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Infeliz no Cruzeiro?

Não pedi aumento, como andaram dizendo. Isso é mentira. Estou focado no Campeonato Mineiro, na Libertadores. Fico triste porque vejo meu nome envolvido nessas notícias, e isso acaba atrapalhando meu relacionamento com a torcida. O torcedor está de saco cheio desse assunto. Sou jogador do Cruzeiro. Fico chateado. Agora, até o dia 31 (de janeiro) a janela está aberta. Ninguém é inegociável. Se chegar uma proposta de dez milhões pelo Fábio, o Zezé vai vender. Então, se uma proposta for boa para mim e para o Cruzeiro, tudo bem. Mas se for só para mim ou só para o Cruzeiro, aí não vai rolar.

Interesse do Palmeiras e do Flamengo

Fico feliz, isso é bacana, porque me sinto valorizado. Mas isso me atrapalha aqui no Cruzeiro. Não estou fazendo pressão para sair. Aconteceu um problema no ano passado (desentendimento com uma torcida organizada do Cruzeiro), mas isso já foi resolvido. Agora, se Palmeiras ou Flamengo quiserem me contratar, é só vir até aqui e fazer a proposta.

Mau humor nas entrevistas

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Venho também, às vezes, dar entrevista de bom humor. É que fico chateado... As pessoas mentem. Fiz amigos na imprensa e fico chateado com notícias que não são verdadeiras. Então, falo o que penso, tento ser o mais transparente possível.

Gosta de Belo Horizonte?

O ruim de BH é que não tem praia, pelo calor que faz aqui. Mas São Paulo também não tem. São Paulo e Belo Horizonte não têm muita diferença. Fiz amigos de verdade aqui, que vou guardar para o resto da minha vida. E também adoro a torcida do Cruzeiro. E minha esposa (Débora) é daqui, foi aqui que nos conhecemos.

Pão de queijo ou feijão tropeiro?

A comida é diferente (em Minas) é melhor. O pessoal tempera melhor a comida. Gosto de feijão tropeiro, que não é tão comum em São Paulo, e aqui se acha fácil. De pão de queijo não gosto.

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Libertadores é prioridade?

Não é novidade que o Cruzeiro está focado na Libertadores. Agora, começar o ano vencendo é importante, para começar com o pé direito. Nós vamos tentar vencer e fazer um bom jogo (contra o Uberlândia, dia 20, na estreia pelo Mineiro), para depois pensar em vencer o Real Potosí (adversário da pré-Libertadores), que é o nosso objetivo.

Preparação na altitude

É importante, porque é difícil jogar lá (na Bolívia). Joguei lá (em La Paz) contra o The Strongest, pela Copa Sul-Americana.Essa preparação ajuda a pegar o ritmo e isso só tem a nos beneficiar.

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