
Aproveitamento de apenas 38,89% diante da torcida, em um campo que conhece como ninguém. Ao mesmo tempo, invencibilidade e marca invejável de 66,67% dos pontos conquistados em redutos adversários. A campanha do Paraná até a 12.ª rodada do Brasileiro subverte qualquer lógica que aponte favoritismo para quem joga em casa.
No embalo da alteração no comando técnico, pelo menos a metade da história que diz respeito à Vila Capanema o Tricolor quer mudar a partir do jogo de hoje, às 18h10, contra o Palmeiras, que marca a estréia de Gílson Kleina no banco de reservas.
"Na vitória sobre o Flamengo (quinta-feira, em Uberlândia), o time mostrou muita qualidade. Agora, dentro de casa, esperamos que tenha tranqüilidade e calma para conseguir bons resultados também", disse Kleina, sabendo que o clima entre torcida e time não ficou nada bom depois das derrotas seguidas no Durival Britto para o então lanterna América-RN e o Figueirense.
Resultados que fizeram crescer muito a pressão sobre o ex-técnico Pintado, principalmente na forma de xingamentos dos torcedores das sociais, a famosa "turma do amendoim". Fosse outro o escolhido para substituí-lo após ser seduzido pelos petrodólares dos Emirados Árabes Unidos , a troca até poderia ser sinal de calmaria. Mas Kleina sabe que com ele não é bem assim. Apesar de estar começando o trabalho agora, chega com a carga da péssima passagem de 2004 e com grande rejeição entre os paranistas.
Por isso o treinador tem se mostrado compreensivo com o temor de boa parte da torcida e da imprensa, sem bater de frente com os que criticaram sua contratação.
"Vou ter de superar essa desconfiança com trabalho e resultados", reconheceu.
Ele não teve nada além de um treino para preparar o Paraná para o jogo de hoje. Por isso o torcedor ainda verá um time com as características implantadas por Pintado.
Se pudesse, ele manteria a escalação da vitória de quinta-feira sobre o Flamengo, em Uberlândia, jogo que viu das tribunas. O problema é a suspensão do meia-atacante Vinícius Pacheco, que tomou o terceiro cartão amarelo, desfalque que deve abrir espaço para Éverton na equipe.
Com a impaciência da torcida, piso ruim, ou qualquer outra dificuldade que aparecer, Kleina espera a vitória para, além de acabar com a síndrome caseira da equipe, começar a exorcizar um fantasma que surgiu na sua carreira em 2004, contra o mesmo Palmeiras.
Foi diante dos paulistas que ele estreou na primeira passagem pelo Paraná. A derrota por 2 a 1, no Pinheirão, acabou sendo um prenúncio de que as coisas não dariam certo na época.
Na TV: Paraná x Palmeiras, às 18h10, no Premiere F.C.
* * * * * *
Em CuritibaParaná x Palmeiras
ParanáFlávio; Neguette, Nem e Luís Henrique; Alex, Goiano, Beto, Éverton e Márcio Careca; Vandinho e Josiel. Técnico: Gílson Kleina.
PalmeirasDiego Cavalieri, Dininho, Nem e Gustavo; Paulo Sérgio, Pierre, Martinez, Valdívia e Leandro; Edmundo (Luís) e Luiz Henrique. Técnico: Caio Júnior.
Estádio: Vila Capanema. Horário: 18h10. Árbitro: Sérgio da Silva Carvalho (DF). Auxiliares: Marrubson Melo Freitas (DF) e César Augusto de Oliveira Vaz (DF).
O minério brasileiro que atraiu investimentos dos chineses e de Elon Musk
Desmonte da Lava Jato no STF favorece anulação de denúncia contra Bolsonaro
Fugiu da aula? Ao contrário do que disse Moraes, Brasil não foi colônia até 1822
Moraes vota pela condenação de deputados do PL denunciados em caso de emendas
Deixe sua opinião