Clima
Informante adverte Fúria em relação ao frio da capital paranaense
Fernando Rudnick
A delegação da Espanha chegou ao CT do Caju precavida contra o típico frio curitibano. Informante da Fúria no Brasil, o ex-técnico do Atlético Miguel Ángel Portugal relatou a seus compatriotas o perigo do tempo na capital paranaense.
"Disse que o centro de treinamentos do Atlético é o melhor do Brasil, mas é preciso pensar que estariam aqui em junho, quando é frio, e eles têm de jogar na Bahia. Então é preciso cuidado com essa adaptação", avisa Portugal, que viveu por quatro meses na cidade antes de pedir demissão.
Segundo o treinador, Curitiba tem clima similar ao de Madrid, onde o verão registra altas temperaturas e inverno rigoroso. Bem diferente do que os ibéricos imaginam o Brasil.
"Meus amigos sempre diziam que o Brasil é sol e praia. Eu digo, Curitiba não tem sol, nem praia. Tem chuva, muita chuva", brinca.
Na visão do informante, a Espanha não terá facilidade quando a bola rolar. "A Espanha é candidata, mas não vai ser fácil. Sempre que se joga em um continente, a chance de um time da casa é maior. Jogando no Brasil, acho que o pentacampeão lidera as apostas", comenta.
Exatamente 20h10 de ontem tocou o solo brasileiro o avião da companhia Iberia trazendo a seleção espanhola que terá Curitiba como base na tentativa do bicampeonato mundial. Motivo para alguns gritos empolgados de cerca de 200 curiosos que tomaram conta do mirante do Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Além deles, em torno de 300 se aglomeravam na frente do portão de desembarque esperando a passagem de La Roja. Porém, a falta de segurança reforçada era um indício claro de que Xavi, Iniesta, Diego Costa e companhia não passariam por ali. Restou a esse grupo comemorar quando a porta se abriu e saíram passageiros caracterizados com as cores espanholas. Na verdade, o voo que pousou momentos antes trazia integrantes da imprensa do país ibérico.
Apesar das dezenas de camisas da Fúria, a maioria dos fãs no aeroporto era de brasileiros entrando no clima do Mundial. Espanhóis legítimos, não mais de 30, Como o confiante David Extremo, de Valladolid, mas que mora em Curitiba e trabalha na área de informática da Renault. "Claro que vamos ser campeões!", bradava quando provocado por brasileiros.
Ao contrário de muitos curitibanos que estavam de passagem ou foram ao aeroporto ver os campeões mundiais, David disse ter saído de casa sem qualquer expectativa de contato com os ídolos: "Já sabíamos que sairiam direto. Em grandes eventos é assim mesmo".
Além do pouso e da aproximação da aeronave, com uma bandeira vermelha e amarela tremulando na janela da cabine de comando, torcedores que se aglomeravam na ponta direita do mirante viram jogadores descendo para a pista muito de longe para poder identificá-los. Rapidamente entraram em um espaço reservado do aeroporto, onde foram recebidos pelo prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, e o coordenador estadual da Copa, Mario Celso Cunha, que representou o governo estadual. Posteriormente, seguiram para o CT do Caju, onde algumas dezenas de curiosos aguardavam o ônibus da delegação. No local, cada jogador encontrou um kit de boas vindas com lembranças da cidade e do Paraná.
O caminho até a casa curitibana pelo menos por 18 dias dos comandados de Vicente del Bosque foi feito sob a guarda da equipe de batedores treinada especialmente para a competição. Após nove horas de viagem desde Washington, onde a seleção espanhola venceu El Salvador por 2 a 0 no amistoso do dia anterior, a manhã de hoje será de descanso. O primeiro treino nos campos atleticanos está marcado para as 16 horas.
A estreia da Espanha será diante da Holanda, na sexta-feira, e, posteriormente, enfrenta o Chile, no dia 18. Porém, a partida mais aguardada pelos curitibanos é dia 23, contra a Austrália, na Arena da Baixada.
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