Laboratório de Macuglia dá resultado nas mãos de René Simões

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No começo da temporada o torcedor do Coritiba se irritou diversas vezes com o discurso de que o Campeonato Paranaense e a Copa do Brasil eram laboratórios visando à Série B, principal objetivo de 2007. As eliminações das duas competições para Paranavaí e Botafogo, respectivamente, provocaram ainda mais revolta nos fãs, mas não fizeram a diretoria invalidar suas experiências.

Tanto que do time que é vice-líder da Segundona com 29 pontos, cinco jogadores foram titulares absolutos durante a primeira parte do ano. Tirando o goleiro Édson Bastos, todo o resto da defesa, com os laterais Anderson Lima e Douglas Silva, além dos zagueiros Henrique e Leandro, é herança da formação lançada por Guilherme Macuglia (substituído por René Simões após a quarta rodada da Segunda Divisão).

"É importantíssimo estarmos juntos desde o início do ano. Principalmente na defesa, onde já sei para qual lado meu companheiro vai correr ou vai tocar a bola", comentou Leandro, que mesmo após ficar afastado nas quatro rodadas iniciais do Nacional por uma lesão na costela não perdeu o moral.

O outro titular da era Macuglia a permanecer na condição é o meia Pedro Ken. Anteriormente o Japonês jogava mais adiantado. Agora, teve de se adaptar à função de segundo volante.

Já o armador Marlos, camisa 10 do time de René Simões nos últimos três jogos, e o centroavante Keirrison, aclamado pela torcida para começar as partidas, vivem em um entra-e-sai da equipe de cima desde a época de laboratório.

"Às vezes não dão tempo para o treinador e nem para o jogador. Trabalho muito em várias situações de jogo para poder exigir adaptação e amadurecimento de todos. Não se pode descartar um jogador em pouco tempo", disse o técnico René Simões.

O treinador não quis comentar o trabalho da comissão técnica anterior, mas a partir da base que recebeu e das informações coletadas no clube, formou opinião.

"O grande problema era a intranqüilidade para jogar no Couto Pereira. Fiquei impressionado com o pavor que os jogadores tinham da torcida. Agora é diferente", afirmou ele, lembrando do aproveitamento alviverde de 87,5% como mandante na competição.