Rio – A movimentação de máquinas e tratores é o único indício de que em menos de um ano os melhores atletas do continente buscarão medalhas onde hoje só existe barro e grama. Não há uma só estaca, uma parede erguida no Complexo Deodoro. A imensa zona militar do Rio de Janeiro, abrigo de cinco modalidades, é a obra com o avanço menos visível dos Jogos Pan-Americanos.

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No lugar escolhido para receber a piscina do pentatlo moderno, há somente um antigo campinho de futebol usado pelo Exército. No espaço do hóquei sobre grama, tiro esportivo e hipismo, o cenário era ainda pior no início da semana: imensos lamaçais causados pela chuva. "São dias perdidos de trabalho", lamentava um dos engenheiros.

Previstas para começar em 2005, as construções tiveram início apenas no fim de julho, quando enfim foi liberada a licença ambiental. A revisão do planejamento e a inclusão de duas novas modalidades no projeto (hóquei e pentatlo) reforçaram o atraso.

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Para compensar a demora, o governo federal, responsável pelas instalações, dobrou de 65 para 133 o número de operários. As atividades começam às 7 h e só terminam às 24 h.

"Nada mais pode dar errado e não há tempo de sobra. Mas também não existe motivo de preocupação, pois as obras não são muito complexas", justifica o secretário-executivo do governo federal para o Pan 2007, Ricardo Leyser.

O cronograma atual de Deodoro prevê a entrega das instalações no final de março. Mas os organizadores esperam que hipismo (que terá um centro nacional, assim como o do tiro esportivo) fique ponto ainda em janeiro. (ALM)