A intervenção judicial no Jockey Club do Paraná, iniciada na última segunda-feira (30) e que nos bastidores vem sendo chamada de ‘Lava-Jockey’, descobriu a escritura de venda de um terreno tombado pela prefeitura.
O documento, que tem preço ajustado em R$ 13,5 milhões dividido em várias parcelas, é referente a uma área de 14,7 mil m². O comprador é o Jockey Plaza Shopping, empreendimento em construção no bairro Tarumã, que construiria um estacionamento no local.
Depois de descoberto o tombamento e de outras questões burocráticas impeditivas ao negócio – a subdivisão da matrícula não poderia ser feita –, a venda teria sido desfeita. Segundo o advogado Cid Campelo Filho, advogado da chapa de oposição na eleição do Jockey, no entanto, não há prova de tal rescisão.
“O terreno está tombado e não poderia ser vendido. Fui informado de que o negócio foi desfeito, mas não existe documento para comprovar isso”, diz o advogado. O Jockey teria recebido antecipadamente R$ 1,2 milhão, além de três cheques que totalizam R$ 175 mil.
Procurado pela reportagem, o interventor Joaquim Rauli afirmou que não falará com a imprensa até tomar conhecimento de todos os aspectos internos do Jockey. Na última segunda, em assembleia geral com presença de 160 sócios, Rauli aprovou o recadastramento quadro associativo do clube, além de destituir toda a diretoria. Procurado pela reportagem, o ex-presidente, Cresus Aurélio Camargo, não foi encontrado.
A eleição que definiria o presidente do Jockey para o próximo triênio (2015-2018) foi cancelada no último dia 14 de março, depois de três pessoas tentarem votar com títulos irregulares. O pleito ainda teve empurra-empurra, tentativa de roubo de urna e a presença da Polícia Militar, que deteve um segurança.
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