Em 2000, quando chegava aos treinos do Paraná, o ex-volante Emerson "Bandido" assim chamado pelos companheiros por causa da raça demonstrada em campo aparecia acompanhado do sobrinho Leandro, então com cinco anos e paranista declarado. Ao final daquela temporada, o Tricolor conquistaria o título do Módulo Amarelo da Copa João Havelange, o equivalente à atual Série B. Hoje, quinze anos depois, o próprio Leandro tenta repetir o feito do tio "Bandido": ajudar a reconduzir o Paraná à elite do futebol brasileiro.
"Sou torcedor do clube desde pequeno e tive a oportunidade de conviver com um atleta dentro de casa. Eu sempre ia aos jogos e treinos. Era algo fantástico", explica o meia de 19 anos, uma das apostas do técnico Luciano Gusso para 2015.
"Hoje, ele [Emerson] sempre que pode me ajuda, passando conselhos. Meu grande sonho é repetir o feito dele e reconduzir o Paraná à Primeira Divisão", complementa Vilela, que atua na mesma faixa de campo onde um dia viu Emerson se apresentar.
Revelado no próprio Paraná, Vilela ganhou a primeira chance entre os profissionais na Série Prata do Estadual de 2012, sob o comando de Ricardinho. Tinha apenas 17 anos. Depois, voltou para a base e se destacou na campanha da Copa São Paulo do ano passado. Na sequência, ganhou nova chance entre os profissionais, novamente sob as ordens de Ricardinho. "Naquela oportunidade, estreei no profissional na semana em que completei 17 anos. Foi uma grande surpresa e um sonho realizado. Depois, me destaquei na base e ganhei nova chance. Tentei agarrar com todas as forças", afirma o atleta, que ganhou espaço na reta final da Série B de 2014.
Conhecido pela polivalência joga como volante e meia Vilela garante que, independentemente da posição, o que importa mesmo é estar em campo.
"Sou uma mistura das duas funções. Quem joga no meio tem de sempre ter uma boa marcação para preencher os espaços. E, quando tem a bola, tem de conseguir dar o melhor suporte para a equipe", esclarece.
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