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Vídeo:| Foto: TV Paranaense

A "jaula" estava bem preparada. Quente e ameaçadora, graças à sempre animada torcida de Paranaguá e a alta temperatura da noite no litoral. E quando os dois leões ficaram frente à frente, o paranaense e o mineiro, com uma, duas, três patadas certeiras o Rio Branco pelou a juba do Villa Nova. A vitória por 3 a 0, ontem, no Estádio Caranguejão, deixou o time de Saulo de Freitas muito próximo das oitavas-de-final da Copa do Brasil – e da oportunidade de enfrentar duas vezes Atlético-MG ou América-RJ.

Perspectiva excelente para a equipe do Paraná, em sua principal aparição nacional em mais de 90 anos de história. Porém, grande empolgação que pode acabar em uma proporcional frustração. Na segunda-feira, o Rio Branco será julgado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro, em virtude de problemas na inscrição do jogador Paulo Augusto para o confronto da primeira fase com o Avaí (leia texto ao lado).

Enquanto a decisão não acontece, fica a lembrança de um jogo excepcional, que durou exatos 17 minutos. Tempo suficiente para o Rio Branco balançar a rede três vezes e levar seu torcedor ao delírio.

Performance de gala pressentida pelo técnico Saulo. Na terça-feira, durante o último treino da equipe, o ex-Tigre da Vila confidenciou, enquanto descansava no banco de reservas da Estradinha. "O time vai jogar bem amanhã, estou sentindo no ambiente, dá para perceber no clima dos atletas".

Aposta que começou a virar realidade aos três minutos. O volante coreano Mini lançou o meia Lúcio Flávio pela direita, ele cruzou, a bola sobrou na área e o atacante Massaro abriu o placar. Pouco mais de 10 minutos depois, Massaro retribuiu o presente, cruzando para Lúcio Flávio, na primeira trave, aumentar também de cabeça.

E, logo em seguida, veio o grande momento da noite. Com quatro dribles rápidos, após roubar a bola na intermediária pelo lado esquerdo, Massaro desmoralizou a defesa mineira e lançou Elvis. Dentro da área, o lateral-esquerdo cortou para dentro e chutou na saída do goleiro Thiago, fazendo 3 a 0 e selando a vitória.

A explosão de alegria nas arquibancadas do Caranguejão forçou até convocação geral em Paranaguá. Nas ondas do rádio, o repórter Mura-Mura, da Difusora, principal estação esportiva da cidade, não se conteve. "Torcedor, ainda está em tempo, venha para o jogo", disse. Foi a senha para pelo menos a "turma do muro", empoleirada no fundo do campo, aumentar consideravelmente.

Seguro na defesa e insinuante nos contra-ataques, principalmente com Massaro e Ratinho, o Rio Branco poderia ter aumentado a contagem. Mas, como não poderia deixar de ser, saiu plenamente satisfeito. "Os jogadores corresponderam, com o maior empenho, perfeito taticamente. Mas ainda não acabou. É uma vantagem boa? É, mas temos de ir em Nova Lima no jogo de volta e confirmar", declarou Saulo de Freitas.

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Em ParanaguáRio Branco 3 x 0 Villa Nova-MG

Rio BrancoValter; Baiano, Leonardo, Alan e Elvis; Fábio Garcia, Mini (Paulo Augusto), Roger e Lúcio Flávio (Biro); Massaro e Ratinho. Técnico: Saulo de Freitas.

Villa NovaThiago; Geison, Cassiano, Bill e Marcel; Jackson, João Paulo (Émerson), Paulo César (Anderson Lobão) e Márcio Guerreiro; Danilo (Clodoaldo) e Fabinho. Técnico: Pirulito.

Estádio: Caranguejão. Árbitro: Anselmo da Costa (SP). Gols: Massaro (RB) aos 3, Lúcio Flávio (RB) aos 14 e Elvis (RB) aos 17 minutos do 1.º tempo. Amarelos: Elvis, Lúcio Flávio e Leonardo (RB); Fabinho, Jackson e Marcel (VN). Vermelho: Émerson (VN). Público: 4.156 pessoas (4.632 total). Renda: R$ 37.075,00.

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