Levir Culpi quando ainda estava no Galo, no ano passado. Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo| Foto: Gazeta do Povo

Levir Culpi disparou mais uma vez contra a presença de treinadores estrangeiros no futebol brasileiro. Ele participou nesta segunda (01/07) de um evento no consulado japonês em São Paulo e, em entrevista ao site Gazeta Esportiva, falou sobre a presença dos técnicos de fora no país e criticou especialmente os argentinos.

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“Eu vejo com maus olhos. Principalmente com um argentino. Sabe por quê? Você viu algum técnico brasileiro trabalhar na Argentina? Existe essa antipatia. É uma antipatia cômica, mas no fundo ela existe. Então é isso, por que não os técnicos brasileiros? Eu sinceramente, sou contra os argentinos”, afirmou.

E completou: "Nós temos treinadores capacitados para treinar qualquer time do país e do exterior. A verdade é que os técnicos brasileiros não são bem vistos. É um momento muito difícil do futebol brasileiro."

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Repercussão

As declarações deixaram Levir entre os assuntos mais comentados do dia no Twitter, especialmente com críticas à postura do treinador. Muitos internautas lembraram o fato de ele ter sido treinador muitos anos no Japão sendo, portanto, um estrangeiro naquele país.

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O próprio twitter em que Culpi estava na Casa do Japão foi lembrado:

Vários clubes brasileiros têm apostado em profissionais de fora para comandar as equipes. O argentino Jorge Sampaoli, do Santos, e o português Jorge Jesus, do Flamengo, são apenas os mais recentes. Ricardo Gareca, Juan Carlos Osorio, Reinaldo Rueda, Edgardo Bauza, Diego Aguirre, Miguel Angel Portugal, são exemplos dessa tendência que tem incomodado o veterano brasileiro.

Mudança

O último clube de Levir foi o Atlético-MG, de onde foi demitido em abril. O treinador está com 66 anos e falou sobre a possibilidade de mudar de função.
“Eu cheguei em casa esses dias e comecei a pensar que já passei dos 60 anos. Está bom. Chega. Mas eu quero parar pela minha vontade porque o desgaste dos veteranos está fazendo com que eles parem. Eu estou pensando que já é momento de fazer alguma outra coisa, mas eu não sei exatamente o que eu quero. Eu estou muito inseguro agora”, concluiu.

A reportagem tentou falar com o treinador, mas ele não retornou as ligações até o fechamento dessa matéria

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