Líder do Mundial de Fórmula-1 , o britânico Lewis Hamilton , da McLaren , reconheceu que o caso de espionagem envolvendo sua equipe e a Ferrari pode acabar com suas chances de conquistar o título da categoria nesta temporada.
A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) se reúne em Paris, nesta quinta-feira, para avaliar uma nova prova recebida na semana passada que reacendeu o caso de espionagem da McLaren sobre a Ferrari.
Se for considerada culpada de ter feito uso das informações obtidas da equipe rival, o que não foi provado na primeira audiência, em julho, a McLaren pode ser excluída dos campeonatos deste ano e do próximo.
- Se você parar e pensar sobre isso, tudo pelo qual eu trabalhei e tudo que a equipe trabalhou, nós podemos ter isso tirado de nós - disse Hamilton à televisão britânica ITV. - E quando você realmente analisa esse caso, você pensa "posso estar desempregado no próximo fim de semana, e o que vai acontecer?" - disse.
Apesar de a McLaren ter conseguido uma dobradinha em Monza , na casa da Ferrari, a audiência de quinta-feira foi o principal assunto da corrida.
- Estava indo tudo tão bem, então você leva essa facada que corta seu fluxo de sangue - acrescentou o corredor de 22 anos, que está três pontos à frente do bicampeão mundial e seu companheiro de equipe, Fernando Alonso .
A McLaren começou o dia divulgando um comunicado sugerindo que autoridades italianas estariam tentando atrapalhar a equipe antes da corrida ao notificar membros da equipes de que eles estariam sendo investigados antes do treino classificatório, no sábado.
Hamilton, que chegou atrás de Alonso após ambos terem largado na primeira fila, disse estar totalmente confiante em sua equipe, mas que seu amor pelo esporte foi testado.
- Nunca pensei que eu estaria aqui dizendo que odeio alguma coisa na Fórmula-1, mas as políticas e as pessoas querendo ser maiores do que as outras é simplesmente incrível - disse ele.