Numa corrida marcada por um forte acidente com o polonês Robert Kubica , quatro entradas do safety car na pista e duas desclassificações - uma delas do brasileiro Felipe Massa -, o britânico Lewis Hamilton conseguiu um resultado histórico. A revelação da McLaren conquistou neste domingo, no GP do Canadá, sua primeira vitória na F-1, e assumiu a liderança isolada do Mundial, com 48 pontos.
Estreante na categoria, Hamilton tem o melhor início de temporada em 57 anos de F-1. O piloto de 22 anos subiu ao pódio em todas as seis provas disputadas até o momento, tendo chegado uma vez em terceiro e quatro vezes em segundo antes de alcançar a primeira vitória.
O alemão Nick Heidfeld, da BMW/Sauber, foi o segundo no Canadá, comprovando o bom início de ano, e o austríaco Alexander Wurz, da Williams, completou o pódio. O espanhol Fernando Alonso, da McLaren, fez uma corrida complicada, aparentemente por causa dos freios, e chegou apenas em sétimo - o bicampeão mundial é o vice-líder do campeonato, com 40 pontos. O brasileiro Rubens Barrichello, da Honda, foi o 12º colocado, último entre os pilotos que completaram a prova.
Apesar da desclassificação, Felipe Massa, da Ferrari, segue em terceiro no Mundial (33 pontos), seguido pelo seu companheiro de equipe, o finlandês Kimi Raikkonen (27), e por Heidfeld (26). A próxima etapa é o GP dos Estados Unidos, domingo, em Indianápolis.
Massa ignora luz vermelha ao sair dos boxes
Hamilton largou na pole-position - a primeira da sua carreira na F-1 - e mostrou personalidade ao suportar a pressão de Alonso, que saiu ao seu lado no grid. Na primeira curva, o espanhol percebeu que teria problemas com o freio - passou reto e perdeu o segundo posto para Nick Heidfeld.
Depois de pular de quinto para quarto lugar na largada, Felipe Massa conseguiu acompanhar o ritmo de Alonso. Na 18ª volta, o espanhol derrapou novamente e permitiu a ultrapassagem do brasileiro da Ferrari.
Mas a sorte de Massa começou a mudar quatro voltas depois, quando o safety car entrou na pista pela primeira vez, por causa de uma batida do holandês Adrian Sutil, da Spyker. Alonso e Heidfeld tinham acabado de entrar nos boxes, e conseguiram abrir vantagem. Já o brasileiro teve de esperar um pouco mais e acabou voltando apenas em 12º lugar.
Mas o pior ainda estava por vir. Ao deixar os boxes, Massa e o italiano Giancarlo Fisichella, da Renault, ignoraram a luz vermelha que indicava que o pit lane ainda estava fechado. Mais tarde, os dois viriam a receber a bandeira preta, que significa a desclassificação da prova.
Kubica voa na pista em acidente espetacular
Fernando Alonso também recebeu uma punição, por ter entrado nos boxes com o safety car na pista, e precisou parar por dez segundos no pit lane. Um problema a mais para o piloto da McLaren, que teve dificuldades em toda a prova.
Na 26ª volta, aconteceu um acidente assustador. Após um leve toque no carro do italiano Jarno Trulli, da Toyota, a BMW/Sauber de Robert Kubica voou diretamente para o muro, bateu forte, deu uma volta de 360 graus no ar, atravessou a pista e parou de lado, junto ao guard-rail. Sem reação no cockpit, o piloto logo recebeu a assistência dos médicos da F-1. O safety car ficou na pista por seis voltas e a tensão só se dissipou quase ao fim da prova, quando chegaram as informações de que o Kubica estava consciente e fora de perigo.
Após a relargada, Felipe Massa estava em oitavo, e em seguida pulou para sexto, quando Alonso e Nico Rosberg, da Williams, pagaram suas punições nos boxes. Àquela altura, o brasileiro tinha condições de brigar por um lugar no pódio, provavelmente em terceiro, mas logo recebeu a informação de que estava desclassificado da corrida.
Pouco depois, Rubens Barrichello chegou a estar em terceiro lugar. Mas o sonho de levar a Honda ao pódio acabou quando o brasileiro precisou entrar nos boxes para troca de pneus. A equipe japonesa ainda não marcou pontos na temporada.
Lula enfrentará travessia turbulenta em 2025 antes de efetivar busca por reeleição
Após cerco em 2024, Bolsonaro deve enfrentar etapas mais duras dos processos no STF em 2025
Enquanto Milei dá exemplo de recuperação na Argentina, Lula mergulha Brasil em crises
2025 será um ano mais difícil para a economia brasileira
Deixe sua opinião