Por volta das 16h30 desta terça-feira (17), pelo horário inglês (quatro horas à frente do horário de Brasília), os jogadores da seleção brasileira desembarcaram no Aeroporto Heathrow, o maior da Europa, direto para o luxuoso hotel da bucólica Saint Albans, a 40 quilômetros da capital da Inglaterra, onde o time vai se preparar para os Jogos Olímpicos. Só um atleta não fez esse caminho: o meia Oscar. Do aeroporto ele foi direto para a sede do Chelsea, seu novo clube, onde fez exames médicos e assinou o contrato mais importante de sua curta carreira.
Algumas horas depois de chegar à sede dos atuais campeões europeus, Oscar já estava junto com seus companheiros de seleção em Saint Albans, onde nesta quarta a equipe fará seu primeiro treinamento no CT do Arsenal. O meia, portanto, estará em "território inimigo", já que Chelsea e Arsenal são rivais. A contratação de Oscar deverá ser anunciada nesta quarta pelo clube de Londres, que, segundo a imprensa inglesa, pagará 25 milhões de libras (R$ 79,2 milhões) pelo meia revelado pelo São Paulo.
A trajetória de Oscar no futebol passou por uma extraordinária reviravolta nos últimos meses e a transferência para o Chelsea é apenas mais um capítulo desta história. Há pouco mais de dois meses, ele estava impedido de jogar por causa de uma briga jurídica entre Internacional e São Paulo, que não se conformava por ter perdido o jogador sem ter recebido nada em troca. Essa disputa ameaçava a presença do meia na excursão da seleção pela Alemanha e pelos Estados Unidos e, pior do que isso, na Olimpíada.
O problema foi resolvido parcialmente quando Oscar conseguiu voltar a jogar graças a uma liminar e definitivamente quando o São Paulo e o Inter finalmente se entenderam (não sem a interferência do presidente da CBF, José Maria Marin). O São Paulo liberou o meia em troca de R$ 15 milhões e agora vê seu antigo garoto prodígio ser vendido por um preço cinco vezes maior.
Graças ao bom futebol que mostrou naquela excursão da seleção, Oscar virou dono da camisa dez, mandando o outrora badalado Paulo Henrique Ganso para o banco de reservas. Agora titular do time de Mano Menezes, ele sabe que só falta um capítulo para que sua história de superação fique completa: ganhar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos.
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