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Internacional x Colorado, Ferroviário x Seleto formaram a rodada dupla inaugural de um Paranaense impossível. Separados pelo tempo, adversários nunca antes juntos em campo se encontram a partir deste fim de semana num resgate do passado. Dez equipes extintas emprestam história e uniformes ao torneio promovido pelo Clube de Pais do Colégio Marista Paranaense.

Até dezembro, a tabela produzirá outros duelos possíveis só na imaginação do torcedor, como Palestra Itália x Pinheiros, Britânia x Ferroviário. Jogos irrealizáveis por um motivo simples. Alguns clubes precisaram morrer para o outros existirem.

Além desses quatro times, todos da árvore genealógica do Paraná Clube (Água Verde, Britânia, Ferroviário e Colorado completam os antepassados do Tricolor escalados no torneio), o evento ressuscitou lendas.

Estarão em campo o Seleto de Paranaguá e o modesto Jandaia, da cidade que lhe empresta nome e cuja grande contribuição aos gramados paranaenses foi ter revelado craques como Coutinho, Servílio e Kosilek, ídolos do Coritiba nos anos 60.

Retrô

A onda retrô inspirou a edição 2007. Disputado por pais, alunos e ex-alunos do colégio, o torneio já homenageou Copas do Mundo (2002 e 2006), Campeonatos Inglês (2005), Copa Libertadores (2004), Liga dos Campeões da Uefa (2003) e Campeonato Paranaense (2001).

Disputas temáticas só encorparam as competições iniciadas como simples peladas, há 27 anos, e hoje com a presença até de árbitros da Federação Paranaense de Futebol (FPF).

Tudo é muito ordenado. A começar com as réplicas oficiais do uniformes – uma sensação entre os participantes. Tem jogador que esquece a paixão clubística para escolher a camisa mais bonita, original. Por isso, será possível encontrar coxas e paranistas defendendo o Internacional, ancestral do Atlético.

De fazer inveja à FPF, a estrutura inclui arbitral e julgamentos em caso de expulsões. Os faltosos levam multa e os brigões podem ser banidos.

"Tudo é muito organizado e por isso desperta tanto interesse. Sempre são nove times. Esse ano a procura foi tanta que montaram dez equipes e sobrou gente para montar mais cinco", conta Felipe Brunetta, chamado de "pai novo" no Clube. É seu primeiro ano no campeonato.

A escolha do times muda toda temporada. Para manter um certo equilíbrio, cada equipe tem direito a um kit pré-definido com um atacante, um meia e um defensor de gabarito.

Há outras regras como a limitação de seis atletas com menos de 30 anos em cada elenco (outros 11 são mais velhos). "Por causa disso é muito comum pais e filhos jogarem juntos. É uma grande integração pelo esporte", define Eloir Trovão, presidente do clube. "Estimula o relacionamento e a sociologia", reforça o diretor do colégio, Elemar Mene-gati, que viu surgir na escola atletas como Pedro Ken (Coriti-ba) e Gustavo (Atlético).

Também há disputa, claro. "É um grupo de muita amizade e respeito, mas sem deixar de lado a vontade de vencer", define João Paulo. Ele é último artilheiro, com 35 gols pelo Japão na Copa do Mundo das zebras. O Mundial do Marista incluiu só equipes sem chance de título. A taça ficou com a Arábia Saudita.

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