Leandro Niehues recebe dicas por telefone do novo contratado Renato Gaúcho para mudar o Atlético no segundo tempo no Estádio Beira-Rio| Foto: Roberto Vinícius / Futura Press

Arena

Novo projeto esbarra nos custos

A construtora OAS está na frente na preferência do Atlético para a conclusão da Arena da Baixada para a Copa do Mundo de 2014. Isso porque a Triunfo, que também entrou na concorrência, apresentou uma modelagem que esbarra justamente na dificuldade que o clube tem em investir recursos próprios na obra.

Com o aumento do orçamento, o Rubro-Negro não quer pagar a diferença – cerca de R$ 30 milhões, com isenção fiscal. O projeto da Triunfo prevê que o clube assuma grande parte dos custos da obra, desde materiais até contratação de pessoal. Além disso, a empresa ignora o uso do potencial construtivo oferecido entre governos estadual e municipal, no valor de R$ 90 milhões.

"A Triunfo não aceita fazer financiamento, seja qual for. Isso é um problema, pois o clube precisa dos recursos do potencial construtivo para poder erguer o estádio", explicou o conselheiro do clube e secretário estadual para Assuntos da Copa, Mario Celso Cunha, deixando claro que o projeto será analisado, mas que tem pouquíssimas chances de superar o da concorrente.

De qualquer forma, as versões finais dos documentos das construtoras devem ser entregues até o dia 15 de julho e 10 dias depois serão analisados em reunião extraordinária do Conselho Deliberativo. (GR)

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O Atlético resistiu o quanto pôde, mas voltou de Porto Alegre com a sétima derrota no Cam­peonato Brasileiro. O efeito Renato Gaúcho não surtiu resultado e o time foi o mesmo das rodadas anteriores, sem inspiração e sem objetividade. Com mais um revés, desta vez diante do Inter­­nacional, por 1 a 0, no Estádio Beira-Rio, o Furacão segue na lanterna da competição com apenas um ponto marcado.

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A apresentação oficial do novo treinador será somente hoje à tarde, porém ele já "es­­treou" ontem, comandando o time de longe, pelo telefone. Em contato constante com o gerente de futebol, Paulo Rink, que estava no banco de reservas, ele assistia ao jogo pela televisão e passava instruções ao técnico interino Leandro Niehues, que hoje retoma as atividades de auxiliar.

Se Niehues foi o responsável pelas alterações na escalação que foi a campo em Porto Alegre, foi Renato quem ajustou a equipe no intervalo e processou as entradas de Branquinho, Adailton e Nieto no segundo tempo.

"Conversei com o Renato [por intermédio de Paulo Rink] e fizemos essas substituições. Fomos trocando ideias durante o jogo, bem rápido porque tinha de ficar atento à partida. No intervalo batemos um papo pelo rádio, o que mudou um pouco o time no segundo tempo. Ele já teve participação sim", admitiu Niehues.

O primeiro contato com o elenco será hoje, mas Renato já sabe o clima que vai encontrar no CT do Caju: um misto de tristeza com vontade de vencer. Pelo menos é o que garante Niehues. "Vou falar o que vejo e o que já acontecia com o Adilson [Batista, ex-treinador] e o que aconteceu comigo nesta semana. É um grupo comprometido e que não está contente com a situação. Eles querem reagir."

Além dessa realidade, Renato vai se deparar com jogadores motivados e na expectativa de trabalhar sob novo comando. "Tenho certeza de que o professor viu a dificuldade que temos de finalizar. Tenho certeza de que ele vai ajudar bastante para arrancarmos no campeonato", declarou Branquinho.

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"Estamos tentando o melhor para o Atlético, infelizmente não está sendo suficiente. Com o treinador do gabarito, da qualidade e da experiência do Renato, a equipe vai melhorar muito e vamos reagir no Brasileiro", seguiu na mesma linha Kle­berson, que voltou ao time titular diante da equipe gaúcha.

É com esse grupo que Renato terá o desafio de reprisar o que fez com o Grêmio no ano passado – o Tricolor gaúcho estava na 18.ª colocação e terminou em quarto. E nada melhor do que o Avaí, um adversário direto, para ele iniciar essa trajetória positiva, e na Arena da Baixada, onde o treinador já afirmou que a torcida faz a diferença.