Organizado, Jota quase apronta na Baixada
O J. Malucelli surpreendeu o Atlético ontem, na Arena. Organizado, o time do Parque Barigui deu muito trabalho. O primeiro tempo só não foi perfeito porque Tiago, Leandro e Bruno Batata perderam muitos gols. "É um time muito bem arrumado", definiu Geninho.
Do seu lado, o Rubro-Negro sofria para criar uma jogada ofensiva, evidenciando a falta de conjunto e o problema do esquema tático com um único homem de marcação (Valencia). Apesar da boa-vontade, Julio dos Santos e Ferreira não conseguiam "fortalecer" o meio-de-campo.
A ousadia do Jotinha foi recompensada logo no começo da etapa final. Daniel, aproveitando a desatenção da zaga, abriu o marcador (2min). Antes, porém, o técnico atleticano já havia trocado Alberto por Alex Sandro e Júlio César por Lima. Deu certo. Sem alternativa, o time partiu para cima do adversário. E, no intervalo de cinco minutos, já estava na frente do placar, graças ao oportunismo de Lima e Rafael Moura. Ponto para Geninho.
No apagar das luzes, Marcinho, com um gol candidato a figurar entre os mais bonitos do campeonato, decretou a morte do atrevido J. Malucelli. Do confronto, Geninho deve ter tirado ao menos uma lição: mudanças serão necessárias durante a caminhada do time.
Aos interessados, uma dica: o ala-direito Simon, melhor jogador do Jotinha em campo, precisa ser observado com mais atenção. Ainda mais que o veterano Alberto voltou a ser vaiado e substituído ontem. (CEV)
Atlético 3 x 1 J. Malucelli - Há certas coisas difíceis de explicar. Lima rodou por mais de três anos. Não deu certo em lugar algum. Sem alternativa, resolveu pedir guarida na antiga casa. O Atlético não pensou duas vezes, aceitando sua volta. A esperança era de que o Falso Lento recuperasse o bom futebol de 2005, quando se tornou protogonista nas campanhas do título estadual e do vice-campeonato da Libertadores.
E a estrela de Lima já começou a recuperar o brilho. Ontem, o Furacão sofria para bater o J. Malucelli na Arena. Até os 18 minutos do segundo tempo perdia por 1 a 0, gol de Daniel. E o que é pior, o time não jogava bem. Aí surgiu o Falso Lento. Oportunista, empatou a partida com um gol de voleio. Era o que faltava para a Baixada ferver. "Lima!, Lima!", berravam os atleticanos da arquibancada. Rafael Moura, de pênalti, e Marcinho decretaram a virada por 3 a 1.
A empatia com o público e atuação de ontem devem garantir a Lima um lugar entre os titulares. Ainda mais que Júlio César, o atual dono da camisa 7, mais uma vez teve atuação apagada. "Estou feliz, dando o máximo para conseguir o meu espaço. Quero muito jogar", afirmou o atacante. "Mas tudo depende do Geninho. Tomara que ele opte por mim já na próxima partida", acrescentou. O Atlético volta a campo no sábado, contra o Cascavel, no interior do estado.
Outro que vem pedindo passagem é Marcinho. O meia-atacante substituiu o paraguaio Julio dos Santos durante a etapa complementar e melhorou a ofensividade da equipe. "Para mim é um recomeço. Esse gol foi um passo importante para que eu volte a jogar um futebol alegre. Acho que estou no caminho certo", disse ele, que, na comemoração, ofereceu o gol à mulher e à filha, sentadas em um dos camarotes do Joaquim Américo. "Elas são a minha inspiração, minha força", ressaltou.
A provável entrada de Lima e Marcinho deve inaugurar o sistema de rodízio no Rubro-Negro. Geninho pretende, a cada rodada, trocar de duas a três peças. A ideia é testar o máximo possível de atletas até o fim da primeira fase. Após o 15º confronto, aí sim o treinador terá mais subsídios para "ver quem é quem". "Vamos mudar, dar chance para todo mundo, mas sem abrir mão de tentar terminar em primeiro lugar e levar dois pontos para a continuação do campeonato", explicou o técnico. "Será uma coisa racional, alterações de maneira homeopática."
Uma coisa já é certa. Geninho terá de encontrar um substituto para o volante Valencia, suspenso pelo acúmulo de cartões. Zé Antônio e Jairo disputam a vaga.
Outra dúvida é no gol. Com dores na coxa esquerda, Galatto não jogou. Renan Rocha, titular ontem, deve ser mantido na meta.
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Em Curitiba
Atlético
Renan Rocha; Rhodolfo, Antônio Carlos e Chico; Alberto (Alex Sandro), Valencia, Julio dos Santos (Marcinho), Ferreira e Netinho; Júlio César (Lima) e Rafael Moura.
Técnico: Geninho.
J. Malucelli
Colombo; Neto, Tiago e Leandro (Paulinho); Simon, Jucelei, Cícero, Daniel (André Nunes) e Rodrigo Crasso; Bruno Batata e Willian (Valdenir).
Técnico: Leandro Niehues.
Estádio: Arena da Baixada. Árbitro: Edivaldo Elias da Silva. Gols: Daniel (J), aos 2/2º, Lima (A), aos 18/2º, Rafael Moura (A), aos 21/2º e Marcinho (A), aos 47/2º. Amarelos: Alberto, Antônio Carlos, Chico, Valencia e Ferreira (A); Leandro, Tiago, Cícero e Bruno Batata (J). Público: 13.022 pagantes (13.740 total). Renda: R$ 151.265.
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