Um dos artilheiros do Atlético no Brasileiro está preocupado. Mesmo com oito gols marcados na competição, Lima não sabe mais se é o titular da equipe ou se dividirá o banco de reservas com Finazzi, outro goleador do Furacão.

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O motivo da intranqüilidade do Falso Lento é o fato de a sua volta aos treinamentos – após quase um mês afastado por causa de uma tendinite no joelho – ter coincidido com o bom momento da equipe e, principalmente, a volta por cima de Dagoberto. O ídolo da torcida rubro-negro não precisou de mais do que uma partida inteira (somando as duas participações contra Flamengo e Fortaleza) para voltar a marcar e encantar.

A incerteza de Lima chegou ao ápice na partida da quarta-feira, no Ceará. "Estava jogando de titular antes de me machucar e pensei que ia começar jogando. Mas tudo bem, vou esperar uma nova chance. Comigo é sempre assim, tem sempre pedras no caminho que eu tenho que passar por cima", afirma o artilheiro, que não escondeu a chateação por ter sido colocado no banco momentos antes do jogo. "Chateado a gente sempre fica, pois todos sempre querem jogar. Mas entendo ele (Evaristo), pois eu estava há um tempo parado já".

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Se a última frase de Lima não foi apenas mais um jargão de jogador de futebol, o atacante não deveria mesmo estar preocupado. Evaristo de Macedo afirma que só está esperando ver o Falso Lento 100% nos treinamentos para reconduzi-lo à equipe titular. "Um jogador não pode ser penalizado só porque se machucou. Se ficasse uns três, quatro meses parados, aí tudo bem, mas não é o caso. Se for assim, os jogadores começam a esconder lesão. Ele só está dependendo dos treinamentos", diz o comandante, que já deve escalá-lo como titular na partida de amanhã, só que no meio-de-campo, no lugar de Ferreira.

"Não tenho preferência. Qualquer uma das duas (meio ou ataque) eu gosto de jogar. Lá dentro as coisas se resolvem", afirma Lima, que só tem garantido o seu retorno. A continuidade dependerá de seu desempenho contra o Brasiliense.

"Aí não tem jeito. É uma competição. São só 11 e irá jogar quem estiver melhor. Veja a seleção brasileira: são todos craques, mas metade não joga", diz Evaristo.