Vestindo a camisa- O ex-zagueiro Heraldo, hoje com 50 anos, foi no lançamento do novo patrocinador de camisa do Coritiba, na quinta-feira. Campeão brasileiro em 1985, ele tenta agora um espaço na carreira de técnico. Atualmente, comanda o pequeno Cáceres, do Mato Grosso, mas pretende voltar rapidamente para a capital paranaense – por questões profissionais e, acredite, políticas. “Estou em Curitiba por dois motivos. Primeiro, ajudar meu compadre Foguetinho a se eleger vereador. Segundo, arrumar uma chance de treinador, mesmo que seja das categorias de base, em algum clube daqui”, diz.| Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo

Os atletas estão muito próximos de perderem alguns direitos trabalhistas. Após muito lobby dos clubes, deve sair na próxima semana a pauta de reivindicações para possíveis alterações na Lei Pelé (9.615/98). Nos dias 11 e 12 de setembro, em São Paulo, com a presença do ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal, serão debatidas as mudanças. Entre as principais sugestões da cartolagem, proteger as categorias de base.

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Proteger o galinheiro

O presidente da Federação Paranaense de Futebol, Hélio Cury, já foi consultado por uma Comissão Parlamentar em Brasília sobre o tema. Deixou claro aos políticos que é preciso proteger os clubes formadores. "Precisamos de bom senso. O momento é crítico. As equipes preparam 600 meninos e apenas um se sobressai. E este troca o clube por empresário", alega.

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Apenas 14

O Cambé segue fazendo história na Terceira Divisão do Paranaense. Em dois jogos, o time da Região Norte levou apenas 52 torcedores. Na partida do fim de semana passado, apenas 14 testemunhas foram ao estádio prestigiar a equipe na derrota para o Tigrão por 1 a 0. A diretoria do clube amargou um prejuízo de R$ 1.702,77 com a realização do jogo. Foram vendidos apenas quatro ingressos de inteira (R$ 10) e dez meia-entradas (R$ 5). Ou seja: renda bruta de R$ 90.

Lei e ordem

Rafinha, eliminado do futebol por insinuar que houve um acerto para classificar Toledo e Marcílio Dias na Série C, não ficará banido do futebol por falta de defesa jurídica. Além de contar com o trabalho do advogado gaúcho Marcelo Amoretti, o jogador recebeu o apoio de Domingos Moro, que se prontificou a defendê-lo na esfera esportiva. "Recurso no STJD não existe mais, porém é possível uma revisão de pena", diz Moro.

Política verde

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O anúncio do novo patrocinador da camisa do Coritiba foi bastante explorado pelos políticos com algum vínculo ao clube. Enquanto o presidente Jair Cirino discursava sobre o novo parceiro, Ricardo Gomyde, candidato a prefeito, e André Macias, postulante a uma vaga de vereador, almoçavam rapidamente – a cena chamou a atenção pela falta de cerimônia. Mas na hora oficial do rango, veio a explicação: a dupla – já de estômago cheio – passou de mesa em mesa para fazer um social com o eleitorado alviverde.

Cabo eleitoral?

André Macias, candidato a vereador pelo PC do B, aproveitou o momento de festa no departamento de marketing do Coritiba para tirar uma foto ao lado de Keirrison. Combinou de pedir autorização ao empresário Marcos Malaquias, responsável pela carreira do centroavante, para utilizar a imagem na campanha municipal.

O matador

Keirrison é ligeiro também fora da área. No evento do novo patrocinador, o jogador desfilou com a nova camisa ao lado de uma bela modelo. Ele vestia a número 3 dos zagueiros; ela trajando a 9 dos artilheiros. Questionado se estaria perdendo a vaga de centroavante no time, o K9 disparou: "Hoje eu estou só na marcação dela".

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Pois é...

"Futebol não se trabalha com bastidores. Futebol não se trabalha com mentiras. Neste momento, realmente, o Vavá não trabalha no Paraná", disse nesta semana o presidente tricolor Aurival Correia. No mesmo dia, o dirigente garantiu que Éverton não deixaria o clube antes do terminar o ano.