Bastidores
Chapinha "Andréia, cuidado com a progressiva." O curioso alerta dado pelas próprias companheiras de time, que ficaram de fora do jogo, chamou a atenção nas arquibancadas do Pinhão. Não era nem uma jogada, muito menos o nome de uma atleta adversária. O cuidado era com o alisamento de cabelo feito na véspera. Entre uma defesa e outra ela dava atenção às madeixas, que precisaram encarar um elástico, contrariando as recomendações do cabelereiro.
Resignação A tia Denise, como é chamada pelas colegas, manteve a tranqüilidade após sofrer 12 gols nos dois jogos contra o São José. A veterana do Scorpions atribuiu o desastre à falta de estrutura. "Sem apoio é isso que podemos fazer", reconhece a atleta de 34 anos, que veio a Curitiba escondida dos chefes.
Rigor As meninas ainda precisam se acostumar às regras da competição nacional. A atacante Daiane quis homenagear a mãe Marli, aniversariante do dia, mas foi punida com o cartão amarelo ao levantar o uniforme na comemoração do seu gol. "Poxa, nem tirei, só mostrei a camisa de baixo", reclamou. A camiseta dizia "Mãe, eu e você somos 10", referindo-se ao número usado pela artilheira.
A arquivista Cleo levou quase uma semana para convencer os proprietários do escritório de advocacia onde trabalha a liberá-la do serviço ontem à tarde. Sorte do São José. Graças à autorização, a jogadora conseguiu estar em campo para restabelecer o equilíbrio da equipe e abrir o caminho à esperada classificação do time para a segunda fase da Copa do Brasil de futebol feminino.
As paranaenses deram nova surra no Scorpions, de Santa Catarina. Depois do 7 a 0 na estréia, ontem elas golearam as catarinenses por 5 a 1, no Estádio do Pinhão, em São José dos Pinhais.
O time enfrentará o Internacional, na próxima sexta-feira o local não foi anunciado. As gaúchas empataram com o Juventude por 0 a 0, ontem à tarde, em casa, e garantiram a vaga pelo gol marcado no jogo de ida, encerrado 1 a 1, em Caxias do Sul. O gol como visitante tem peso maior, semelhante ao critério da versão masculina da Copa do Brasil.
Depois da estréia sob forte chuva em Florianópolis, na sexta-feira, ontem as jogadoras encararam um adversário pior: o calor. O sol forte aumentou o desgaste, na mesma proporção em que diminuiu o ritmo do confronto e castigou os cerca de 150 torcedores. Em um estádio sem sombra alguma nas arquibancadas, as pessoas se protegiam como dava. Escaldadas de tanto acompanhar os jogos, as mais prevenidas eram as mães das atletas. Munidas de guarda-chuvas e sombrinhas, ela ganharam um refresco para assistir à estréia das meninas em um evento nacional.
O status profissional do torneio contrasta com a realidade amadora do time. Remontada às pressas, a equipe sentiu a falta de entrosamento. "Futebol elas têm, mas precisamos treinar muito mais", detectou o técnico e coordenador Jorge Cachorroski, que também fez as vezes de "lobista" junto aos patrões das suas atletas para poder colocá-las em campo. "É assim com 80% delas, que jogam, mas precisam trabalhar", contou.
A vitória fácil de ontem veio após um começo complicado. As meninas admitiram que o nervosismo atrapalhou, e aumentou quando Fernanda abriu o placar para o Scorpions.
O time voltou aos eixos com Cleo. De três dedos ela arriscou um chute da intermediária e achou até que a bola iria para fora. Mas a trajetória mudou, enganando a goleira e empatando o jogo. A mesma volante, que nada tem de característica ofensiva, deu um chapéu na camisa 1 adversária e virou o placar. No segundo tempo o time ampliou com Daiane (artilheira com 5 gols), Tatiane e Andréia.
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