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David Weir (atletismo):O britânico Weir merece ser destacado. O cadeirante tem sido mais rápido do que todos os adversários e é um dos responsáveis por levar o Estádio Olímpico ao delírio. Ele venceu as provas dos 800 m, 1.500 m e 5.000 m. Hoje, na maratona, pode ser o dono do último ouro dos anfitriões na Paralimpíada | Stefan Wermuth/ Reuters
David Weir (atletismo):O britânico Weir merece ser destacado. O cadeirante tem sido mais rápido do que todos os adversários e é um dos responsáveis por levar o Estádio Olímpico ao delírio. Ele venceu as provas dos 800 m, 1.500 m e 5.000 m. Hoje, na maratona, pode ser o dono do último ouro dos anfitriões na Paralimpíada| Foto: Stefan Wermuth/ Reuters
  • Eleanor Simmonds (natação):No Centro Aquático do Parque Olímpico, não tem para ninguém. A queridinha do público é
  • Daniel Dias (natação):Ele chegou a Londres com o objetivo de ganhar medalhas em todas as seis provas individuais que iria disputar. Daniel Dias cumpriu a missão e ainda fez melhor, ficou com o ouro em todas. De quebra, registrou quatro novos recordes mundiais. No quadro individual de medalhas dos Jogos, ele tem apenas menos conquistas douradas do que a australiana Jacqueline Freney, que ganhou oito ouros
  • Alan Fonteles (atletismo):Ele não levantou o Estádio Olímpico. Pelo contrário. Calou o público ao deixar para trás o favoritíssimo Oscar Pistorius, protagonista da festa, e vencer os 200 m (T44). A arrancada extraordinária do paraense, de 20 anos, rumo à vitória surpreendeu a todos. Ele não ganhou outras medalhas em Londres, mas a que conquistou ficará marcada como um dos momentos inesquecíveis dos Jogos Paralímpicos
  • Sarah Storey (ciclismo):O ciclismo foi uma das modalidades preferidas dos britânicos. E quem consegiu dar mais alegria aos donos da casa foi Sarah Storey. Ela conquistou quatro medalhas de ouro na capital inglesa, totalizando 11 na carreira. Antes de competir e brilhar no ciclismo, a atleta representou o Reino Unido na natação em outras quatro edições de Jogos Paralímpicos
  • Próteses usadas pelos atletas estão cada vez mais modernas

A Paralimpíada de Londres será encerrada hoje e vai deixar como uma das marcas a consolidação da face mais profissionalizada da prática dos esportes por pessoas com deficiência. O evento atraiu o interesse do público, que lotou os locais de prova, e trouxe uma consequente maior exposição na mídia. Já nas competições em si, houve evolução de desempenho na comparação com Pequim. Cada vez mais, o esporte paralímpico é de alto rendimento.

A natação e o atletismo são as modalidades em que a evolução fica mais clara. Em praticamente todas as provas, o tempo exigido para se disputar uma final foi menor do que o registrado em nos Jogos passados. Na prova dos 400 m (S10), uma das disputadas pelo nadador André Brasil, o último classificado à briga por medalhas teve uma marca oito segundos mais rápida do que o atleta que teve a mesma posição na China, há quatro anos. Esse é apenas um de muitos exemplos.

"Estamos já no status de atletas profissionais mesmo. Temos de treinar muito, passamos por exames, somos muito cobrados também. Essa evolução nos deixa feliz, pois saímos daquela condição de ‘coitados’. Isso é maravilhoso", diz Terezinha Guilhermina, ouro nos 100 m e 200 m para atletas cegas.

Outra boa referência está em uma das provas que mais atraiu a atenção dos espectadores: os 200 m rasos, onde Oscar Pistorius foi derrotado por Alan Fonteles. O tempo para se chegar à final diminuiu 0,67 s, algo considerável no atletismo. Além disso, para levar o ouro, o brasileiro teve de melhorar em 2,76 s a marca dele em relação a última Paralimpíada.

"A nossa competição não é mais aquela que só ocorre por reabilitação ou inclusão social", diz o corredor Yohansson Nascimento, que subiu ao alto do pódio uma vez em Londres.

Um dos investimentos fundamentais é em tecnologia. "Trabalha-se na evolução, por exemplo, das cadeiras de rodas, próteses, fazendo a sintonia entre homem e máquina, digamos assim", diz o coordenador do atletismo brasileiro em Londres, Ciro Winckler.

Encerramento

A participação brasileira na cerimônia de encerramento da Paralimpíada, marcada para hoje, às 16h30 (de Brasília) terá um roteiro parecido com o seguido na apresentação que marcou o fim dos Jogos Olímpicos. Assim como no evento realizado há cerca de um mês, o país será o responsável por conduzir oito minutos da festa, onde ocorrerá a passagem da bandeira paralímpica: de Londres para o Rio de Janeiro, sede dos Jogos de 2016.

O principal diferencial será a presença de vários artistas que possuem alguma deficiência, como um grupo de balé para cegos e um conjunto de dança formado por cadeirantes. O cantor baiano Carlinhos Brown e a banda Paralamas do Sucesso – que apresentará uma versão curta da música "Lourinha Bombril" – também farão parte do show. Dois atletas vão encerrar a parte brasileira: o nadador Daniel Dias, que se tornou em Londres o maior medalhista do país em Paralimpíadas, e a corredora Ádria dos Santos. O evento de encerramento terá apresentações musicais de destaque. Estão confirmados a banda Coldplay, a cantora pop Rihanna e o rapper Jay-Z.

O jornalista viaja a convite do Comitê Paralímpico Brasileiro.

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Conheça cinco dos principais nomes desta edição da Paralimpíada, em Londres. O evento para atletas com alguma deficiência física termina hoje, às 16h30 (de Brasília).

Estrelas dos Jogos

RecordeCom 5 ouros, Brasil crava melhor campanha

O Brasil teve, ontem, o seu melhor dia na Paralimpíada. Foram cinco medalhas de ouro, que levaram o país a um total de 20 conquistas douradas em Londres, superando a marca de Pequim-2008, quando os brasileiros subiram 16 vezes ao alto do pódio. É a melhor campanha nacional nos Jogos.

Os resultados deixam a equipe verde-amarela, por enquanto, em sétimo lugar no quadro de medalhas, meta do Comitê Paralímpico Brasileiro. Hoje, ainda serão disputadas as provas da maratona e as finais do futebol de 7 e do rúgbi em cadeira de rodas.

Ontem, o futebol de cinco do Brasil (voltada para cegos) conquistou uma das medalhas de ouro mais aguardadas. A seleção bateu a França na final por 2 a 0 e chegou ao tricampeonato paralímpico.

Na natação, Daniel Dias continuou sua rotina e garantiu o sexto ouro dele na competição ao vencer a prova dos 100 m livre (S5). Com o tempo de 1min09s35, ele não conseguiu superar seu próprio recorde mundial (1min08s39), mas foi o suficiente para deixar para trás o norte-americano Roy Perkins, medalhista de prata, e o espanhol Sebastian Rodrigues, bronze.

Quem conseguiu a melhor marca do mundo foi Shirlene Coelho, no lançamento de dardo. A brasileira alcançou 37,86 m logo na primeira de suas seis tentativas na prova e garantiu o ouro. No masculino, Claudiney Santos ficou com a prata.

O público ainda testemunhou ontem a conquista do primeiro ouro individual de Oscar Pistorius em Londres. O sul-africano sobrou na prova dos 400 m e venceu com pouco mais de três segundos de vantagem sobre o norte-americano Blake Leeper. O brasileiro Alan Fonteles cansou no final e ficou em quarto na prova.

Na bocha, o paranaense Eliseu dos Santos conquistou a medalha de bronze ao vencer Stephen McGuire, atleta da casa. A modalidade rendeu dois ouros ao Brasil: Dirceu Pinto venceu na categoria BC4 e Maciel Santos subiu ao alto do pódio na classe BC2.

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